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IPCA-15: prévia da inflação fica em 1,14% em setembro, maior resultado para o mês desde 1994

No ano, o indicador acumula alta de 7,02%, e nos últimos 12 meses já ultrapassa os dois dígitos (10,05%)

- Tomaz Silva/Agência Brasil
- Tomaz Silva/Agência Brasil

Puxado pelo aumento no grupo transportes, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 1,14% em setembro, maior resultado para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,63%.  Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,02 por cento para o período.

Além disso, o resultado deste mês é o maior da série histórica desde fevereiro de 2016 (1,42%).

No ano, o indicador acumula alta de 7,02%, e nos últimos 12 meses já ultrapassa os dois dígitos (10,05%), como apontam os dados divulgados hoje (24) pelo IBGE.

Em setembro de 2020, a taxa foi de 0,45%.

Destaques

Gasolina e energia elétrica foram os itens que, individualmente, tiveram o maior impacto no índice, ambos com 0,17 ponto percentual (pp).

Por grupos, as maiores influências vieram de transportes, com alta de 2,22% e impacto de 0,46 ponto percentual; alimentação e bebidas, (1,27% e 0,27 pp); e habitação (1,55% e 0,25 pp).

Nos transportes, a alta dos combustíveis (3,00%) veio acima da registrada no mês anterior (2,02%). A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses.

Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%).

No grupo, destaca-se ainda a alta nos preços das passagens aéreas, que subiram 28,76% em setembro, exercendo o terceiro maior impacto (0,11 pp) no IPCA-15 do mês.

No grupo habitação (1,55%), a maior contribuição (0,17 p.p.) veio mais uma vez da energia elétrica (3,61%), embora a variação tenha sido inferior à de agosto (5,00%).

No mês passado, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos.

A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh. Além disso, houve reajuste de 8,92% nas tarifas em Belém (10,24%), vigente desde 7 de agosto.

Com informações de Agência IBGE de Notícias.

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