As vendas no varejo brasileiro subiram 1,2% em julho na comparação com o mês anterior e tiveram alta de 5,7% sobre um ano antes, informou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).
No ano, o varejo acumula crescimento de 6,6%.
“Apesar do avanço, o movimento intrasetorial do comércio é muito heterogêneo. Algumas atividades ainda não conseguiram recuperar as perdas na pandemia, como é o caso de equipamentos e material para escritório, que ainda está 26,7% abaixo do patamar pré-pandemia, ou combustíveis e lubrificantes, que está 23,5% abaixo”, analisa o gerente da PMC, Cristiano Santos.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de ganhos de 0,7% na comparação mensal e de 3,45% sobre um ano antes.
Entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram taxas positivas em julho. A alta mais intensa foi a de outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,1%).
“Vemos uma trajetória de recuperação dessa atividade, que acaba por fazer grandes promoções e aumentar a sua receita bruta de revenda, num novo momento de abertura e maior flexibilização do isolamento social, o que gera maior aumento da demanda”, explica Santos.
Tecidos, vestuário e calçados (2,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%) também avançaram no período.
Já hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%) ficaram estáveis.
Por outro lado, as atividades que reduziram o volume de vendas foram livros, jornais, revistas e papelaria (-5,2%), móveis e eletrodomésticos (-1,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 1,1% em julho, frente a junho. Esse aumento foi puxado pelo setor de veículos, motos, partes e peças (0,2%), enquanto material de construção variou negativamente (-2,3%).
Com informações de Agência IBGE de Notícias e Reuters.