O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) cresceu 0,6% entre junho e julho, após ajuste sazonal. De acordo com Rodolfo Margato, economista da XP, o resultado veio acima da expectativa da corretora, de 0,3%, e do consenso do mercado (0,35%).
Em relação a julho de 2020, a proxy mensal do PIB registrou crescimento de 5,5%, ante 4,9% projetado pela XP e o consenso de 5,0%.
O IBC-Br ficou estável (0% t/t) no trimestre móvel encerrado em julho em comparação ao trimestre móvel até abril (após ligeira queda de 0,2% no 2º trimestre).
"Vale mencionar que a leitura de julho trouxe algumas revisões importantes nos resultados dos meses anteriores. Isto posto, o efeito de carrego estatístico para o 3º trimestre deste ano (isto é, assumindo taxas de variação mensal nulas em agosto e setembro) corresponde a crescimento de 1,0% ante o trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal", diz Margato.
Com isso, a projeção preliminar da XP para o IBC-Br de agosto sugere alta de 0,3% em comparação a julho (e aumento de 5,6% em relação a agosto de 2020).
"Por ora, temos as seguintes estimativas para os principais setores agregados em agosto: (i) crescimento de 0,4% para as receitas reais do setor de serviços (PMS); (ii) crescimento de 0,2% para a produção industrial (PIM); e (ii) recuo de 0,3% para as vendas reais do varejo ampliado (PMC)".
Margato ressalta que as projeções da corretora para o desempenho do IBC-Br também consideram outras variáveis, tais como produção agrícola (em termos mensais) e dados do sistema público de saúde.
Por fim, a XP espera expansão de 0,8% para o PIB no terceiro trimestre em comparação ao trimestre imediatamente anterior, após ajuste sazonal (elevação de 5,4% ante o mesmo trimestre de 2020) e mantém previsão para o PIB de 2021 em 5,3%.
Com informações de Agência Fato Relevante.