sexta, 19 de abril de 2024
Ibovespa

Sem pregão nos EUA, Ibovespa opera com estabilidade; dólar comercial tem alta

20 janeiro 2020 - 12h42Por Redação SpaceMoney
O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 12h40 desta segunda-feira (20), com queda de 0,12%, aos 118.333,64 pontos. Com o feriado do dia de Martin Luther King nos EUA, os mercados pelo mundo devem permanecer focados no início das discussões do Fórum Econômico Mundial, que inicia na noite de hoje. No cenário doméstico, vencem hoje as opções (derivativos) sobre ações da bolsa. 

Dólar comercial

Na direção oposta, o dólar comercial operava com alta de 0,48%, cotado a R$ 4,185, no mesmo horário. Na semana passada, moeda americana fechou com o maior valor desde o início de dezembro, a R$ 4,191. Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:

Mercados internacionais

Os futuros de Nova York apontavam para uma abertura com leve queda, quanto as bolsas asiáticas fecharam com modesta alta, enquanto as bolsas europeias operavam com perdas. O dia deve ser de baixa liquidez dos mercados, tendo em vista o feriado norte-americano em homenagem ao líder pelos direitos civis dos negros, Martin Luther King, o que deve diminuir o volume de negócios hoje. 

Semana de balanços

Nesta semana, a atenção se volta à temporada de divulgação de balanços, que inclui nomes como Netflix, IBM, UBS, Procter & Gamble, Johnson & Johnson, American Express e Hyundai. Além disso, dentre outros destaques, o governo americano pretende divulgar mais detalhes nesta semana sobre mudanças no atual plano de saúde pública para pessoas de baixa renda, Medicaid.

FMI estima crescimento brasileiro elevado

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua perspectiva de crescimento do Brasil em 2020, na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global. A instituição projeta um crescimento de 2,2% para o país, 0,2 ponto percentual a mais do que o relatório de outubro. De acordo com o FMI, a revisão para cima deve-se "à melhora do sentimento após a aprovação da reforma da Previdência e à redução dos problemas de oferta no setor de mineração". Para os mercados emergentes e em desenvolvimento, o Fundo prevê expansão de 4,4% em 2020 e 4,6% em 2021, ante os 3,7% estimados para 2019. 

Fórum Econômico Mundial

O ministro da Economia, Paulo Guedes, será representante do governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial, que reúne líderes, chefes de Estado e empresários em Davos, na Suíça. Guedes participará hoje (20) à noite da abertura do evento, onde as apresentações de Guedes se concentrarão na redução do déficit fiscal no primeiro ano de governo e no aprofundamento das reformas estruturais. O ministro tem a seu favor a indicação, na semana passada, dos Estados Unidos para integrar a OCDE, o que é visto com bons olhos pela comunidade internacional. Paulo Guedes voltou a afirmar, em entrevista ao portal Poder 360, que os juros baixos e o câmbio alto são o "novo normal" para a economia brasileira. Da última vez que Guedes fez uma declaração desse tipo, o mercado reagiu de maneira negativa.

Indicação para OCDE

Os Estados Unidos enviaram uma carta para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para apoiar a entrada do Brasil no grupo. No ano passado, os EUA indicaram a Argentina para integrar a organização, mas, segundo analistas, com a saída do liberal Maurício Macri, os americanos decidiram priorizar a entrada brasileira. A expectativa é de que isso aconteça até o final do mandato do atual presidente, Jair Bolsonaro.

Boletim Focus

O Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim Focus, que reúne as expectativas do mercado para diversos indicadores econômicos, como inflação, taxa de juros e câmbio. As novas projeções apontam para uma redução da inflação oficial de 2020 de 3,58% para 3,56%, abaixo da meta de 4% e dentro da margem de erro de 1,5 ponto percentual. Já para 2021, o mercado espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial, chegue em 3,75%, também dentro da meta. O Produto Interno Bruto (PIB) para 2020 aponta para um crescimento maior, de 2,30% na semana passada para 2,31% nesta semana. Para 2021, 2022 e 2023, é esperado um crescimento de 2,50%. Para a taxa básica de juros, a Selic, é esperado um novo corte de 0,25% na próxima reunião do Copom, em fevereiro, encerrando o ciclo de queda dos juros e dando início a um constante aumento até que, em 2021, a Selic atinja 6,25%.