quinta, 28 de março de 2024
Oi

Venda da operação móvel da Oi pode impulsionar ações; Tim e Vivo mostram interesse

27 janeiro 2020 - 10h09Por Eduardo Guimaraes
A operação móvel da Oi (OIBR3) pode ser dividida entre a Tim (TIMP3) e Vivo (VIVT4) em uma transação de cerca de 15 bilhões de reais. As informações são do jornal "O Globo" e do banco BTG Pactual. A estimativa do banco é que a empresa italiana levaria 70 por cento da operação móvel da Oi, enquanto a espanhola Vivo ficaria com os 30 por cento residuais. Sem a parte móvel, a empresa poderia chegar a uma receita de 12 bilhões de reais, com Ebitda de 3 bilhões. Na sexta, as ações ordinárias da Oi fecharam em queda de 10 por cento, negociado a 96 centavos, devolvendo parte da euforia do mercado com a venda da Unitel. Em doze meses, a Oi acumula queda de 26 por cento, enquanto TIM e Vivo acumulam altas de 41 e 36 por cento, respectivamente.

E Eu Com Isso?

A venda da operação móvel é uma das opções que a Oi possui para conseguir captar e voltar a investir em fibra ótica. Uma boa venda de sua operação móvel pode ser outro gatilho para impulsionar o preço das ações. Entretanto, este valor seria em torno de 19 bilhões de reais e não 15 bilhões como se especula atualmente. A aquisição da Oi traria à compradora ganhos relevantes de sinergia e aumento de escala, aumento da oferta de produtos, fechando definitivamente as portas para uma empresa de fora e um ambiente competitivo mais saudável. A TIM é a operadora que tem mais a ganhar com uma possível compra da Oi Móvel porque ficaria a par do alcance de cobertura da Vivo e da Claro. A Oi e a TIM, juntas, dominariam mais de 50 por cento do mercado do Paraná, Santa Catarina e outros cinco estados do Nordeste. Além disso, a parceria entre as companhias também teria uma operação forte no Sudeste, Centro-Oeste e Norte, mas não seriam dominantes.