XP: fusão entre AES Tietê e Eneva tem boas perspectivas, mas é preciso “cuidado” sobre ações de hidrelétrica
04 março 2020 - 18h27Por Redação SpaceMoney
Para analistas da XP Investimentos, a proposta de fusão entre a geradora Eneva e a AES Tietê dará mais volatilidade para as ações da hidrelétrica nas próximas semanas. Enquanto a proposta de fusão estiver sob análise pelo conselhos de administração, a XP recomenda “cuidado e atenção no curto prazo” e monitoramento de notícias sobre o acordo.Quando a proposta foi anunciada, no dia 2 de março, a AES Tietê teve alta nas ações de 23,6% em um dia. A Eneva propõe troca de ações e pagamento em caixa de R$ 2,75 bilhões aos acionistas da AES. A XP intitula a possível companhia resultante de “Nova Empresa” e prevê que seria a segunda maior geradora de energia privada no Brasil, com 6,1 GW de capacidade total, contando usinas operacionais e projetos em construção. “Uma empresa de maior porte e com elevado potencial de geração teria capacidade de realização de maiores investimentos em expansão de capacidade de geração no futuro.”A “Nova Empresa”, calculam especialistas, teria uma distribuição equilibrada de fontes de geração, com predominância das fontes hídricas (41,2%) e termelétricas a gás natural (30,9%). As duas companhias são consideradas complementares em sua produção de energia, o que possibilitaria “maior estabilidade de fluxo de caixa ao longo do ano, em contraposição à volatilidade atual das companhias individualmente.” Entretanto, a XP ressalta que a “Nova Empresa” não teria, em tese, capacidade excedente para operações de “compra e venda de energia dentro do próprio grupo para evitar que as usinas hidrelétricas comprem energia de terceiros quando não puderem despachar sua própria capacidade".