A significativa exposição da Apple (AAPL34) à China e a integração à Inteligência Artificial (IA) abaixo da média do mercado a deixaram notavelmente vulnerável às condições econômicas dominantes deste ano, aponta Thomas Monteiro, editor principal da seção de Opinião e Análise do site Investing.com.
Monteiro avalia que, desde o início do ano, ficou evidente que a Microsoft (MSFT34) superaria a Apple (AAPL34) em valor de mercado. “Não era uma questão de se, mas sim de quando”, comentou.
Na avaliação dele, a Microsoft demonstrou, em contraste, excelência em capitalizar em ofertas de IA, ao se posicionar para liderar o mercado com um desempenho robusto este ano.
Monteiro questiona se a liderança da Microsoft se sustenta – e por quanto tempo. Ele afirma que a avaliação do Investing.com indica que a perspectiva de a Microsoft manter sua liderança na próxima década se torna cada vez mais plausível, impulsionada pelas condições macroeconômicas globais.
“Por anos, as empresas de tecnologia foram avaliadas com a expectativa de crescimento rápido, alimentado principalmente pela aceleração antecipada da economia chinesa em ambos os setores, de consumo e de produção. No entanto, a paisagem mudou, marcada pela desaceleração esperada do PIB da China e uma transformação na matriz econômica. Este aumento simultâneo nos custos de produção e a suavização das vendas esperadas alteraram a dinâmica”, declarou.
Contudo, o analista relembra que, outros mercados consumidores robustos, como Índia, México e certas partes da África, atravessam um crescimento rápido, e prometem vendas sustentadas a longo prazo.
“Esta mudança representa um desafio para a Apple, pois favorece empresas que buscam crescimento com produtos mais acessíveis e maior integração de IA – áreas nas quais a Microsoft se destaca”, afirma.
Ele destaca, por fim, “que a estrutura baseada em nuvem da Microsoft a posiciona para inovar com mais eficiência de custos e rapidez, enquanto o crescimento da Apple continua a depender de uma cadeia de suprimentos particularmente complexa e cara”.