As ações do GPA (PCAR3) operavam em queda de 2,73%, a R$ 4,63, nesta quarta-feira (17). Na segunda-feira, 15 de janeiro, as ações encerraram com uma alta de 22,6%.
Para a XP Investimentos, este foi um movimento técnico. Em dezembro, a companhia anunciou um possível follow-on, com oferta primária de R$ 1 bilhão, a ser utilizada para o pagamento de dívidas. Neste sentido, a instituição explica que, desde o anúncio, a posição short para o papel tem subido e, nas últimas semanas, rumores de mercado sobre a possibilidade de a empresa adiar ou não fazer essa oferta podem ter resultado nesse movimento de alta.
“O que a gente imagina que aconteceu foi que os investidores que estavam vendidos nesse papel diante dessa notícia acabaram tendo que fechar suas posições, e isso gerou essa pressão compradora, de alta no papel, ao longo dos últimos dias”, explicou o analista Gustavo Senday.
A visão do time de Varejo da XP para a ação é cautelosa. A equipe explica que é uma companhia que passa por um momento de restruturação operacional, ao mesmo tempo que a estrutura de capital não está confortável.
“É uma ação que a gente tem uma cabeça mais cautelosa, e apesar desse momento de alta, não vemos nada que mude para a tese de investimentos nessa empresa. Mantemos nossa recomendação Neutra e preço-alvo de R$ 5,0/ação,”, apontou Senday.