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Celular Seguro oferece proteção completa? Veja como o app funciona e o que pensam os analistas

Alberto Leite, sócio fundador do Grupo EXA, defende a ferramenta, mas aponta que uma inclusão maior de outros recursos tornariam ferramenta mais efetiva

- Foto: Anthony Shkraba/ Pexels
- Foto: Anthony Shkraba/ Pexels

Em meados de dezembro, o governo federal lançou o aplicativo Celular Seguro. Ele permite que as pessoas denunciem perda, roubo ou furto do aparelho por meio do Gov܂br.

A partir daí, o sistema avisa simultaneamente desde as instituições financeiras, Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), operadoras de telefonia e serviços online para que realizem o bloqueio do aparelho.

Para usar o serviço, o cidadão precisa realizar seu cadastro a partir do login no portal Gov܂br e registrar os dados do aparelho, além de cadastrar uma pessoa de confiança, que pode registrar ocorrência.

No momento da perda, roubo ou furto do dispositivo, com os dados do aparelho previamente cadastrados, a vítima ou a pessoa de confiança cadastrada poderão realizar o registro da ocorrência.

Após o registro de ocorrência, o Ministério da Justiça vai notificar as instituições financeiras conveniadas, com a solicitação de ações preventivas de bloqueio de contas e dispositivos associados ao CPF da vítima.

O governo federal preparou um tutorial completo de como usar o aplicativo.

Clique aqui para baixá-lo e siga as instruções.

 

O que pensam os especialistas?

Alberto Leite, sócio fundador do Grupo EXA, que oferece soluções de segurança digital, defende a ferramenta.

Leite acredita que o app vai ampliar a conscientização da população sobre o tema, mas ressalta a importância de investir em soluções complementares, uma vez que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública em 2022 registrou 1 milhão de roubos e furtos de aparelhos no País – 508,3 mil roubos e 490,8 mil furtos.

Para ele, incluir recursos como bloqueio de tela, rastreamento do aparelho e seguro contra extravio de valores bancários seria possível por meio de parcerias ampliadas com os principais desenvolvedores de sistemas operacionais, além de fabricantes de smartphones.

Embora o Celular Seguro tenha registrado mais de 270 mil usuários em apenas um dia, Leite acredita ser crucial destacar que a plataforma não proporciona segurança completa.

“Ao se conectar a uma rede Wi-Fi, o criminoso ainda mantém acesso ao dispositivo. Além disso, o bloqueio imediato da linha telefônica não foi garantido, já que o sistema requer até seis horas para enviar a notificação e mais um dia útil para efetivar o pedido”, ressalta.

Startup oferece serviço complementar

De olho nas estatísticas desafiadoras, a EXA desenvolveu a ferramenta ‘Proteção Pix: dinheiro seguro’, que protege os usuários contra transações bancárias não autorizadas, decorrentes de roubos e furtos.

O aplicativo oferece seguro de até R$ 10 mil em transferências via Pix, TED ou TEF, cobre extravios de qualquer instituição bancária, e permite bloqueio da tela, apagamento de dados e captura de imagens do possível infrator através da câmera frontal.

“O aplicativo ‘Proteção Pix’ surge para sanar algumas das principais preocupações dos consumidores: a quebra de privacidade e a violação de dados e bens financeiros decorrentes dos inúmeros casos de roubo de celulares. Além do reembolso de valores e ferramentas para a recuperação de aparelhos subtraídos, a solução traz outros benefícios significativos, já que auxilia os usuários a preservarem as suas memórias, como fotos e contatos”, afirma Leite.