A B3 (B3SA3) reportou um crescimento no estoque de todos os títulos corporativos, com R$ 1,6 trilhão em estoque. O valor é 16% maior do que o registrado no mesmo período de 2022.
A princípio, os títulos corporativos são aqueles emitidos por empresas a fim de captar recursos via mercado de capitais para financiar seus projetos. Esses títulos podem ser debêntures, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), notas comerciais. Nesses números estão incluídas também as cotas de fundos fechados (CFF).
“A manutenção das taxas de juros em um alto patamar ao longo do ano fez com que a procura por produtos de renda fixa continuasse em alta. Desta forma, mais empresas optaram por captar recursos no mercado por meio da emissão de papeis de dívidas corporativas”, comenta Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.
As debêntures são títulos de dívida que geram um direito de crédito ao investidor. O estoque do produto em 2023 chegou a R$ 977,6 bilhões, o que representa aumento de 15% em relação a dezembro de 2022, quando o estoque era de R$ 844 bilhões.
Os títulos voltados para os setores imobiliário e do agronegócio também registraram aumentos no período. O estoque de CRIs alcançou R$ 182,8 bilhões, alta de 24% em comparação com o ano anterior, enquanto o estoque de CRAs chegou a R$ 127,6 bilhões, aumento de 28%.
Já as notas comerciais, títulos emitidos pelas empresas que representam promessa de pagamento pelo emissor, registraram crescimento de 17%. O estoque passou de R$ 70,9 bilhões, em dezembro de 2022, para R$ 83,2 bilhões, em 2023. Dentre as cotas de fundos fechados, o estoque cresceu 5% de um ano para o outro, subindo de R$ 230,2 bilhões para R$ 243,1 bilhões.