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Petrobras (PETR4) pode ter prejuízo de R$ 487 milhões em contrato com Unigel e TCU investiga

Ministro Benjamin Zymler deu cinco dias para a estatal e o Ministério de Minas e Energia se manifestarem pelos indícios de irregularidades constatadas no acordo

- Fernando Frazão/Agência Brasil
- Fernando Frazão/Agência Brasil

Um contrato de R$ 759 milhões celebrado no apagar das luzes de 2023 (em 29 de dezembro) entre a Petrobras (PETR3)(PETR4) e o grupo Unigel, em notórias dificuldades financeiras, foi apontado pela área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) como portador de "possíveis irregularidades", segundo a coluna do Lauro Jardim, no O Globo.

O acordo pode levar a estatal a um prejuízo de R$ 487 milhões, conforme os técnicos do TCU.

Na última quarta-feira (31), o ministro Benjamin Zymler deu cinco dias para a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia se manifestarem pelos "indícios de irregularidades constatadas (…) em afronta aos princípios da eficiência, da economicidade, da razoabilidade e da motivação, bem como contrariando diversos dispositivos do Plano Estratégico da Petrobras 2024-2028".

O contrato envolve a industrialização, armazenamento, expedição, faturamento e pós-venda de ureia e amônia pelas fábricas de fertilizantes nitrogenados da Petrobras em Sergipe e na Bahia, arrendadas ao Grupo Unigel desde 2019.

Os técnicos do TCU identificaram problemas até "nas justificativas para a realização do negócio". Assim como na governança: a decisão de fechar o negócio foi tomada por um único diretor, e o contrato foi assinado apenas por um gerente executivo, sem passar por instâncias superiores da Petrobras.

As informações são do O Globo.