Nesta quinta-feira (22), o conselho de administração da Vale (VALE3) se reúne para aprovar as demonstrações financeiras de 2023 e, possivelmente, discutir a sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, cujo mandato expira em maio.
O debate se concentra na possível recondução do executivo, um engenheiro com vasta experiência na mineradora, ou na abertura de um processo competitivo para selecionar um novo líder a partir de uma lista tríplice elaborada por uma empresa especializada em recrutamentos.
A situação chegou a um impasse, e revelou um racha no conselho de administração da mineradora, como revelou o jornal Valor Econômico.
Na última reunião, realizada em 15 de fevereiro, não houve autorização nem para a renovação do contrato de Bartolomeo, nem para dar seguimento ao trabalho do headhunter.
O impasse resultou de um empate na votação, com seis votos favoráveis à recondução do atual CEO e seis votos pela abertura de um processo competitivo.
Os votos a favor de Bartolomeo partiram de cinco conselheiros independentes, três estrangeiros e dois brasileiros.
Por outro lado, os conselheiros favoráveis à abertura do processo competitivo também somaram seis votos, com representantes de diferentes partes interessadas, como fundos de pensão, investidores e representantes dos funcionários da mineradora.
Diante desse cenário, o presidente do conselho, Daniel Stieler, foi encarregado de buscar um entendimento entre as partes divergentes.
Espera-se que uma solução passe pela disposição de todas as partes para fazer concessões mútuas e encontrar um consenso que garanta a continuidade e o sucesso da Vale.
A aproximação de posições requer negociações delicadas entre os diferentes interessados, como a disposição da Cosan (CSAN3), que se absteve na última votação, e outras partes envolvidas.
As informações são do jornal Valor Econômico.