De acordo com a agência Bloomberg, o CEO da JBS (JBSS3), Guilherme Cavalcanti, afirmou em entrevista que a empresa deveria adiar seu processo de listagem nos Estados Unidos para o 2S24, pois, segundo ele, seria improvável que o frigorífico tivesse tempo para que a proposta fosse aprovada pelos acionistas.
Ainda segundo Cavalcanti, a JBS não tem pressa em levantar capital e esse atraso permitiria à empresa apresentar melhores resultados trimestrais aos investidores.
O Bradesco BBI realizou, em dezembro passado, uma pesquisa com investidores que revelou, em média, que eles estavam dispostos a esperar quase quatro meses (até março de 2024) para que a JBS convocar os acionistas para votarem sobre a listagem.
A pesquisa sugeriu, no entanto, que se o processo fosse adiado, poderia haver um potencial de queda de 10% para o JBSS3. No entanto, uma correção de 5% no preço das ações da JBS desde o relatório da plataforma sugere que cerca de 50% dessa potencial desvantagem já foi precificada, o que deixa
espaço para uma queda adicional de 5% em relação aos níveis atuais.
Contudo, José Ricardo Rosalen e Leandro Fontanesi, analistas que assinam o relatório, continuam a acreditar que o processo de listagem vai avançar e que vai ser significativamente positivo para as ações.
“Isso ocorre porque pode desencadear uma reavaliação das ações e reduzir sua diferença de avaliação em relação à Tyson Foods, sua concorrente americana, para quase 25%, de acordo com nossa pesquisa com investidores, dos atuais 40 a 45%. Portanto, apesar do possível atraso na listagem, mantemos a recomendação de compra para JBSS3 e preço-alvo de R$ 30,00 para o final de 2024”, escreveram.