Em 8 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) confiscou o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e prendeu dois de seus ex-assessores, acusados de que haviam planejado um golpe depois que o ex-mandatário perdeu a reeleição nas eleições presidenciais de 2022.
Quatro dias depois, Jair Bolsonaro estava na entrada da Embaixada da Hungria no Brasil, e aguardava para entrar, de acordo com imagens da câmera de segurança da embaixada, obtidas pelo jornal norte-americano The New York Times.
O ex-presidente pareceu ficar na embaixada durante os dois dias seguintes, mostrou a filmagem, acompanhado por dois seguranças e servido pelo embaixador húngaro e por membros da equipe.
O ex-presidente, alvo de diversas investigações criminais , não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolhe, porque estão legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.
As informações são do jornal The New York Times.
E o que disse o embaixador húngaro…
O embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, foi recebido pela secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Luísa Escorel, no Palácio do Itamaraty.
De acordo com relatos à coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, ele teria repetido a mesma linha de defesa apresentada por Jair Bolsonaro: a de que o ex-presidente esteve na embaixada para manter contato com autoridades da Hungria.
Complicações para Jair Bolsonaro, complicações para Braga Netto…
O general Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), e interventor federal da Segurança Pública no Rio de Janeiro em 2018, discutiu a preparação de viagens e moradia para membros de uma unidade de guerrilha para ajudar a fomentar um golpe de Estado em Brasília (DF), apontaram documentos vistos pela Reuters e por duas fontes com conhecimento do investigação.
De acordo com a agência, a reunião ocorreu menos de duas semanas depois que Jair Bolsonaro perdeu no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no final de outubro.
De acordo com as fontes, o plano traçado naquela reunião era trazer secretamente para Brasília (DF) tropas com treinamento especial em guerra contra-insurgência e técnicas de sabotagem para provocar violência e justificar a lei marcial e a anulação das eleições.
As informações são da agência Reuters.
A porta do BC segue aberta…
Na avaliação de Míriam Leitão, do jornal O Globo, o Banco Central (BC), na ata do COPOM, deixou claro que mudou a estratégia de comunicação e não necessariamente a visão sobre o ciclo de corte de juros.
“Em vez de dizer que faria o mesmo corte nas próximas reuniões, disse que o faria na próxima reunião. Agora, ele explica melhor, diz que essa comunicação daria visibilidade mais longa para os passos da política monetária cumpriu seu papel […], não significa que no seu cenário base algo piorou muito.”
Leitão interpreta, que, ocorre o contrário, que o colegiado entende que a dinâmica desinflacionária segue como o previsto.