O Banco Central (BC) elevou suas projeções de crescimento para a economia brasileira em 2024, e previu um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,90%, acima da estimativa anterior de 1,70%, em razão de um dinamismo maior do que o esperado no início do ano, impulsionado por uma atividade econômica robusta no primeiro trimestre, indicou o Relatório Trimestral de Inflação (RIT) divulgado nesta quinta-feira (28).
De acordo com a autoridade monetária, a expansão projetada se alinha às expectativas do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 1,85% para o PIB em 2024, abaixo do resultado apresentado em 2023, quando a economia cresceu 2,90%.
Para o consumo das famílias, a previsão de crescimento permanece em 2,30%, enquanto o consumo do governo federal e a taxa de investimentos foram revisados para cima, e indicam uma perspectiva mais otimista para o cenário econômico.
No âmbito da inflação, o Banco Central reconheceu que, no trimestre, os preços administrados e de alimentos foram surpreendentemente altos, mas ainda assim espera que a inflação termine o ano em 3,50%, dentro da meta estabelecida de 3,00% do IPCA, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A projeção se baseia na revisão para baixo das projeções de curto prazo, especialmente de itens voláteis que tiveram aumentos superiores ao esperado nos últimos meses, juntamente com o aumento do preço do petróleo.
O documento destaca ainda uma probabilidade moderada de a inflação ultrapassar os limites estabelecidos, o que indica um ambiente econômico em que o controle da inflação continua como uma preocupação central para a autoridade monetária.