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Light (LIGT3) vai quebrar ou não? Veja o que dizem os analistas!

Companhia contratou recentemente uma empresa que tem como objetivo de assessorá-la em estratégias financeiras, com foco em melhorar a sua estrutura de capital

Após um questionamento da CVM, a Light (LIGT3) divulgou em fato relevante a contratação da Laplace Finanças, uma empresa que tem como objetivo de assessorá-la em estratégias financeiras, com foco em melhorar a sua estrutura de capital.

A contratação de tal consultoria causou uma “má impressão” ao colocar a solidez financeira da empresa em xeque.

Mas a Genial Investimentos não acredita que a companhia vai quebrar. Apesar dos grandes desafios, a Light fechou o último trimestre com R$4 bilhões em disponibilidades, lembrou o analista Vitor Sousa.

Sousa acredita que o valor seja suficiente para cobrir quase três anos da amortização da dívida da empresa.

Do ponto de vista das operações, o cenário ainda seria desafiador devido aos altos custos da dívida financeira e investimentos necessários para tocar a operação e consome praticamente todo o fluxo de caixa operacional.

Ele menciona que a empresa já anunciou a redução dos investimentos esperados para 2023, com foco e maior geração de caixa da empresa.

No curto prazo, a principal notícia esperada pela empresa diz respeito à renovação de sua concessão (com vencimento em 2026), que, por sua vez, daria o direito ao ressarcimento da sua base de remuneração regulatória (c. R$10 bilhões).

Sousa pontua que tal cenário daria garantias aos credores e a empresa teria um cenário mais benigno para rolar a sua dívida, e fazer assim com que o fluxo de notícias negativas em relação a sua solvência de curto prazo pudesse ser estancada.

No pior dos cenários, o analista diz que este se daria através de um impasse entre os atuais controladores da empresa e o poder concedente onde os primeiros optassem por não renovar a concessão da Light-D nos atuais termos da sua concessão, que, por sua vez, não contempla em suas atuais tarifas em sua totalidade os desafios da área em que a empresa atua.

Ou seja, Sousa escreve que a empresa buscaria um incremento de tarifas via um maior reconhecido das perdas não-técnicas (os famosos “gatos” de luz) – e a Genial Investimentos julga esse cenário pouco provável, ainda que tenhamos que considerá-lo, de uma maneira ou de outra.

Adiante, o analista observa alguns catalizadores para as ações, que podem levar as mesmas para novos patamares:

  • i) melhorias do ponto de vista das operações, com números reportados acima das expectativas;
  • ii) renovação da concessão e melhor cenário para rolagem da dívida;
  • iii) melhoramento nos termos da tarifa; e
  • iv) possível queda na Selic, com impactos positivos na despesa financeira da empresa.