
Na terça-feira (14), o Bradesco (BBDC4) contestou uma reclamação que a varejista Americanas (AMER3) levou em fevereiro ao Supremo Tribunal Federal (STF), informou o blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Na ocasião, a varejista pedia a derrubada de uma decisão de primeira instância que, a pedido do banco, determinou a apreensão de e-mails trocados por funcionários da companhia nos últimos dez anos.
Agora, advogados da instituição financeira acusam a Americanas de usar uma “cortina de fumaça” e de enganar o Supremo com uma “armadilha” para atrasar o caso.
Representantes do Bradesco alegam que o ministro Alexandre de Moraes, que tem a contestação em mãos, buscou proteger as mensagens trocadas entre a Americanas e seus advogados, mas a medida autorizada pela 2ª Vara de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo não mirava essas comunicações.
De acordo com o colunista, o Bradesco afirma que isso se prova no fato de que a varejista não tratou da proteção à defesa em sete manifestações diferentes em primeira instância.
Segundo a reportagem, a instituição financeira alega que, assim, a Americanas conseguiria apenas interromper e atrasar a produção antecipada de provas sobre o rombo contábil que a levou à crise.
O texto de Lauro Jardim conclui que, agora, o Bradesco busca assumir a obediência de e-mails dos últimos dez anos que revelam os responsáveis pelo abismo da Americanas.
Entretanto, a instituição financeira diz que concorda com a exclusão de advogados desse escopo. A PGR já se manifestou no mesmo sentido, finaliza a coluna.
As informações são do blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.