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2023 é o ano dos Fundos Imobiliários de tijolo? Confira perspectivas da Guardian Gestora

Imóveis de logística, lajes comerciais e escritórios podem apresentar recuperação ao longo deste ano

- Kaique Rocha/Pexels
- Kaique Rocha/Pexels

O ciclo de alta de juros no Brasil chegou ou está ao menos próximo do fim, mas o Banco Central (BC) já confirmou que o nível elevado deve permanecer ao longo de 2023. A projeção do BC é que a Selic encerre o ano em 12,75%. 

Apesar de os Fundos Imobiliários (FIIs) se beneficiarem em um cenário de juros mais baixos, já que uma taxa menor sobre aluguéis pode tornar o imóvel mais atrativo. O índice de Fundos Imobiliários na B3, o IFIX, recua mais de 2% em março. 

Gustavo Asdourian, sócio-fundador da Guardian Gestora, explica que os FIIs foram atingidos pelo movimento de juros que saltou para 13,75%, como consequência de uma inflação corrente. 

Apesar do cenário que se apresentou e com queda nas cotas destes ativos, a casa acredita que os FIIs de tijolos (logística, escritórios, lajes corporativas, entre outros) podem estar agora em um momento de recuperação. 

Isso porque, na visão da Guardian, o setor de logística está aquecido no Brasil e após o período mais intenso da pandemia, a volta aos ecritórios e a frequência em lajes comerciais também demonstra recuperação. 

"Desta forma, com a economia real no setor de escritórios e logística apresentando um bom desempenho e com visibilidade de curto prazo para uma virada na parte macroeconômica, os FIIs de tijolo podem ter um bom desempenho na valorização do preço de suas cotas até o final desse ano", ressalta Asdourian. 

Por fim, ele lembra que o mercado financeiro antecipa os movimentos macroeconômicos, ou seja, não é necessário esperar uma queda relevante na Selic para que os preços da Bolsa reajam. "Uma mudança nas expectativas já pode gerar esse movimento", completa.