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A internet costumava ser um lugar mais simples quando surgiu pela primeira vez. As frustrações eram reais com a internet discada e o download de uma imagem geralmente levava cerca de dez minutos ou mais para ser concluído. Então veio a era da mídia social e todos nos encontramos clicando em Farmville tentando colher nosso milho. A internet nos conectou e depois nos dividiu, perdendo tempo; não é um lugar maravilhoso?

Os dias simples da internet ficaram para trás, pois estamos à beira da terceira iteração da internet ou Web3. A internet está prestes a ficar muito mais simples e complicada ao mesmo tempo, com foco em recompensar os usuários, ao contrário do estado atual da internet.

O argumento decisivo é que a Internet também criou vários atores mal-intencionados e nos concedeu avanços em Inteligência Artificial, que incluem deep fakes. As ferramentas, quando usadas de forma errada, sempre resultarão em resultados negativos ao invés de produtividade.

Falsificações e seu impacto no mundo real

Quase uma década atrás, os hackers conseguiram obter acesso a uma conta do Twitter para a Associated Press. Os maus atores então postam um tweet: “Duas explosões na Casa Branca, o presidente está ferido”. Isso resultou na queda instantânea de 1% do S&P 500 e, eventualmente, o mercado se recuperou depois que foi confirmado que nenhuma explosão ou ferimento havia ocorrido.

Os avanços na IA permitiram que a sofisticação florescesse com a criação de bots, fotos e vídeos falsos. O cenário do private banking evoluiu rapidamente e os banqueiros perceberam que as pessoas podem movimentar seus ativos líquidos mais rapidamente do que nunca com apenas alguns toques. Informações falsas podem se espalhar rapidamente, causando pânico e induzindo ações responsivas por empresas de gestão de patrimônio, resultando em resultados negativos.

O Credit Suisse Group AG já foi o principal recurso para todas as suas necessidades bancárias suíças, no entanto, agora está extinto. Em outubro passado, o banco tinha capital mais do que suficiente e dobrou o caixa e os ativos líquidos para facilitar um nível estressado de saídas e saques.

Durante um fim de semana no mesmo mês, um tweet se tornou viral afirmando que um banco europeu não identificado estava à beira do colapso. Seguiu-se o pânico, que resultou na retirada de quase US$ 90 bilhões, que o banco pôde acomodar sem ter que vender nenhum ativo com prejuízo. Seis meses depois, o banco, após algumas manchetes ruins, chegou ao fim.

Na semana passada, uma farsa profunda do Papa Francisco se tornou viral e obteve mais de 4,4 milhões de visualizações.