Na última segunda-feira (22), a Suzano (SUZB3) informou que vai elevar o preço da celulose fibra curta em US$ 30 por tonelada para todos os mercados asiáticos a partir de junho.
A empresa pontuou que o reajuste é resultado de um processo de formação de estoques por clientes tradicionais no mercado chinês, assim como a demanda de produtores integrados de papel e celulose, que miram reduzir as taxas de fabricação.
Segundo o Goldman Sachs, esta é a primeira tentativa de aumento de preço desde junho de 2022, após uma correção de 45% desde 22 de dezembro do mesmo ano.
O banco explica que, recentemente, os vendedores de celulose venderam de forma agressiva muitos volumes com preços muito baixos, já que havia uma preocupação de novas quedas.
Agora, a pressão para vender foi reduzida, assim como os estoques dos vendedores, daí o aumento dos preços.
O GS espera que o aumento seja seguido por uma estabilização em níveis baixos (por exemplo, cerca de US$ 500/t para madeira de lei).
"Esperamos uma reação positiva do mercado à medida que os investidores antecipam uma possível recuperação do preço da celulose, especialmente para empresas com alta alavancagem operacional e financeira (por exemplo, Suzano)", pontuam os analistas do Goldman Sachs.
Ainda assim, o banco mantém a classificação neutra para ação SUZB3, justificando que é preciso uma alta sustentável no preço da celulose no mercado para precificar os benefícios do projeto Cerrado.
O preço-alvo da ação é de R$ 48,00, uma alta de 6% se considerado o fechamento da véspera (R$ 45,18).