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Vibra (VBBR3): Planalto prepara ofensiva sobre a distribuidora, diz plataforma

Petrobras (PETR3)(PETR4) e Previ podem adquirir 25% de participação na companhia e Bradesco BBI analisa possibilidades

Divulgação: Vibra Energia - Divulgação: Vibra Energia
Divulgação: Vibra Energia - Divulgação: Vibra Energia

Rumores sobre a possível compra da Vibra (VBBR3) pela Petrobras (PETR3)(PETR4) foram ouvidos desde o ano passado – e os rumores vêm e vão desde então. Ontem (25), o TC Scoop, plataforma de informações de mercado, informou que o governo federal pediu à estatal e à Previ (fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal) que estudem a possibilidade de comprar uma participação na distribuidora.

Em relatório, analistas de Ágora Investimentos e Bradesco BBI ressaltaram que o estatuto social da ex-BR Distribuidora estabelece que uma pílula de
veneno (poison pill) para 100% das ações.

A medida seria acionada por qualquer participação de investidor de 25% ou mais, com a avaliação estipulada como sendo o maior preço cotado da ação nos últimos dezoito meses mais 15% (algo como R$ 28,00, atualmente), estimam Vicente Falanga e Ricardo França.

De acordo com os analistas, as principais questões entre os investidores parecem ser se a Petrobras e a PREVI podem estabelecer uma parceria para fazer o seguinte:

  • – i) comprar menos de 25% juntos; ou
  • – ii) comprar 24,99% cada, “controlada” a empresa em conjunto sem um acordo formal de acionistas.

Falanga e França ponderam que existem várias interpretações sobre se a segunda opção geraria direitos de tag along ou não, e o resultado dependeria se a PREVI for considerada parte do mesmo grupo econômico do governo federal ou não.

Embora a PREVI vote separadamente do governo federal em outras entidades, como a Eletrobras (ELET3)(ELET6), algumas interpretações legais afirmam que ela pertence ao mesmo grupo econômico.

Se a opção i ou ii acontecer, vai haver muita pressão de compra no mercado (com efeito positivo sobre as ações), a menos que um bloco coordenado seja organizado a um preço acordado (provavelmente acima do preço de mercado atual ).

Analistas argumentam ainda que a opção ii poderia resultar em uma grande disputa legal para reforçar os direitos de tag along.

“Pode ser mais fácil para o governo comprar a empresa inteira em vez de entrar em complicadas disputas legais com os principais acionistas da Vibra”, concluem Falanga e França.

Eles mantêm recomendação outperform sobre as ações VBBR3, com preço-alvo de R$ 24,00.