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Eletrobras (ELET3)(ELET6): ação que pretende dar mais autonomia ao governo na empresa é um risco?

Em relatório do BTG Pactual, especialista do STF aponta que as chances de uma vitória da União são baixas se processo for colocado em votação

- REUTERS/Brendan McDermid
- REUTERS/Brendan McDermid

A ação movida pela União no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar termos da privatização da Eletrobras (ELET3; ELET6) que limitam sua influência no processo de tomada de decisão não coloca a companhia em risco, segundo o BTG Pactual. 

Os analistas do banco estiveram com um especialistad do STF no jornal JOTA, Felipe Rendo, para discutir os desdobramentos e expectativas do processo. 

O relator do caso é o STF o ministro Kassio Nunes Marques, e também conta com informações adicionais e opiniões do procurador-geral da República Jorge Messias (AGU) e Procuradoria-Geral da República (PGR).

Messias já emitiu parecer favorável ao governo, enquanto a PGR ainda deve se pronunciar. O JOTA acredita que a ação não é urgente para o STF ou para o relator e deve levar tempo.

Não são esperados desenvolvimentos significativos antes do recesso do tribunal em julho, empurrando o caso para o segundo semestre.

Uma decisão só deve ser alcançada em 2024 e o JOTA não acredita que a Eletrobras esteja em risco devido ao processo. Conversas recentes com vários ministros do STF corroboram essa visão, segundo o relatório. 

Rendo afirma que as chances de uma vitória do governo são baixas se a ação for colocada em votação. Ao investidor, o BTG afirma que é importante acompanhar o próximos passos do governo.

Embora esta ainda não seja uma ideia considerada, o banco aponta que a empresa e o governo federal poderia chegar a um acordo por conta própria, acelerando este processo e uma decisão.

"O governo claramente quer mais influência sobre a empresa, enquanto a Eletrobras parece não querer ceder", afirmam os analistas do BTG.

O BTG Pactual mantém sua recomendação de compra na ação ELET3, com preço-alvo de R$ 53,00, um upside de mais de 30% na ação. Nesta sexta-feira (23), as ações subiam 1,30%, a R$ 39,64, por volta de 11:43.