No acumulado do ano até esta terça-feira (27), o índice Ibovespa sobe 10,00%, aos 117.016,78 pontos.
Algumas casas como a Guide Investimentos acreditam que o índice pode chegar aos 140 mil pontos ainda em 2023.
A Guide reduziu sua projeção por dois motivos principais. O primeiro são os juros maiores, tendo em vista que o mercado financeiro esperava uma sinalização de queda na taxa básica de juros pelo Banco Central, no entanto, a autarquia não deixou claro quando isso deve ocorrer.
A projeção anterior incorporava um corte na taxa já no segundo trimestre de 2023, quando ocorreu a manutenção da taxa em 13,75% ao ano.
Já a segunda motivação da Guide são os preços menores das commodities (minério de ferro e petróleo), que reduzem o potencial de apreciação de boa parte do Ibovespa.
"Apesar da revisão, ainda vemos espaço para valorização do Ibovespa nos próximos meses e em particular valorização das small caps", diz o relatório da casa.
O que pode impulsionar o Ibov?
Já o Santander, que projeta uma alta em doze meses, afirmou que os valuations da bolsa brasileira ainda estão 1 desvio padrão abaixo da média histórica de 15 anos e o ciclo de corte de juros deve alimentar uma reclassificação das ações brasileiras.
Segundo um estudo do banco que analisou nove ciclos anteriores de flexibilização monetária, o Ibovespa subiu, em média, 21% em 12 meses e 43% em 24 meses após o primeiro corte de juros.
Executando três cenários diferentes para o início do ciclo de flexibilização, o Ibovespa pode chegar entre 144 mil a 153 mil pontos 12 meses após o primeiro corte de juros, de acordo com o Santander.
Os analistas também afirmaram que os resgates de fundos de ações começaram a diminuir. "Acreditamos que, assim que a taxa Selic cair abaixo de 10%, devemos começar a ver entradas significativas de investidores pessoa física em fundos de ações", explicam.
Além disso, o banco aponta que, com o novo marco fiscal, a prioridade do Congresso passa a ser a aprovação da reforma tributária, que deve ser votada na Câmara dos Deputados em julho e pode aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 20% no longo prazo, segundo economistas.