
Ao ver do BB Investimentos, um ambiente externo com maior apetite a risco combinado com o endereçamento doméstico em torno do quadro fiscal, redução dos prêmios na curva de juros e perspectivas de corte da Selic favoreceram a performance de papéis que se encontravam bastante descontados, como foi o caso de Lojas Quero-Quero (LJQQ3)(+20%) e Pague Menos (PGMN3)(+19,5%), que figuraram entre as maiores altas de junho dentre as companhias de sua cobertura.
Já os piores desempenhos vieram de Magazine Luiza (MGLU3)(-11,30%) e Via (VIIA3)(-9,70%), pontou a analista Georgia Jorge.
Os papéis foram penalizados diante da perspectiva de vendas ainda lentas nos próximos trimestres e rentabilidade pressionada em um contexto de repasse do Difal (Diferencial de Alíquota do ICMS) ao consumidor final, além da concorrência acirrada com plataformas asiáticas em meio a discussões que envolvem a cobrança da taxa de importação sobre produtos provenientes do exterior.
Em julho, o BB Investimentos projeta que a continuidade de melhoria no cenário macroeconômico interno e externo vai contribuir positivamente para a performance das ações varejistas.
Como contraponto, veem que a discussão da reforma tributária pode arrefecer os ânimos, a depender do aumento da carga tributária às empresas do setor.