O BTG Pactual revisou suas estimativas para a Localiza (RENT3), com a incorporação do aumento de capital recente na ordem de R$ 4,5 bilhões, os resultados do primeiro trimestre e as tendências atualizadas do setor.
De acordo com os analistas, apesar do crescimento mais lento durante a Covid-19, a empresa, em breve, deve crescer à medida que as condições de compra melhorarem.
A longo prazo, o banco de investimentos declara ver um enorme potencial de criação de valor por meio de vários caminhos de crescimento e observa que a Localiza tem consistentemente mostrado resiliência ao longo dos ciclos da indústria, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de lucro por ação (LPA) de 18% entre 2005 e 2022. A companhia é negociada a 19,0x P/L 24 (desconto de 34% na média de 5 anos).
Follow-on
Em 26 de junho, a Localiza precificou sua oferta de ações e levantou R$ 4,5 bilhões na operação de follow-on. A oferta (100% primária) foi precificada a R$ 66,64 por ação.
Os recursos foram destinados a fins estratégicos, focados principalmente na aquisição de veículos e investimentos em tecnologia.
O timing do aumento de capital se alinha com diversas oportunidades de mercado, de acordo com o BTG Pactual:
- – i) processo avançado de integração com a Unidas;
- – ii) posição competitiva mais forte;
- – iii) perspectivas de mercado positivas para os principais segmentos de negócio;
- – iv) oportunidades de crescimento em novos segmentos; e
- – v) forte histórico de criação de valor para os acionistas.
Recomendação
O BTG Pactual declarou continuar otimista quanto a tese de investimentos, pois a empresa lidera o setor em um momento favorável. Esse sentimento positivo, de acordo com os analistas, tem sido impulsionado principalmente por menor concorrência e melhores condições de compra.
Na avaliação do banco, o recente aumento de capital oferece flexibilidade para investir em seu negócio principal e em novos segmentos, com melhor exploração do momento de compra de veículos.
Ainda veem a Localiza combinar um forte potencial de crescimento, retornos sólidos e um valuation barato. Assim, apesar de reconhecer os desafios de curto prazo como o desempenho mais fraco do RAC e os possíveis impactos da Reforma Tributária (não incorporados, no momento), analistas reiteraram sua recomendação de compra.
O preço-alvo de R$ 90,00 por papel implica em um potencial de valorização de 30% sobre a cotação atual, uma vez que a companhia negocia seus papéis a uma 19,0x a relação preço sobre o lucro para o próximo ano.