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WEG (WEGE3): O que os analistas acharam do balanço do 2º tri?

BTG Pactual, Levante e Santander opinam ainda sobre a recompra de ações e os dividendos de mais de R$ 600 milhões anunciados pela empresa

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A WEG (WEGE3) registrou um lucro líquido de R$ 1,368 bilhão no segundo trimestre deste ano, um avanço de 50% em relação ao registrado no mesmo período de 2022.

A empresa ainda autorizou a aquisição de ações de sua própria emissão para fins de permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do capital social.

Aos acionistas, declarou que vai realizar o pagamento de R$ 609,3 milhões em dividendos intermediários, o equivalente a R$ 0,1452022924 por ação.

Como o mercado avalia os recentes movimentos? Veja as opiniões de analistas do BTG Pactual, da Levante Investimentos e do Santander:

BTG Pactual

O BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra para as ações de WEG (WEGE3), com preço-alvo de R$ 50,00 em doze meses.

No material, Fernanda Recchia e Lucas Marquiori destacaram que o conjunto de resultados foi mais resiliente do que o esperado. As vendas de equipamentos industriais chegaram a R$ 1,3 bilhão (+15% ano a ano, em linha com o projetado), impulsionado principalmente por:

  • – (i) sólida demanda de equipamentos de ciclo curto; e
  • – (ii) forte venda de equipamentos de ciclo longo, principalmente para PeP, OeG e setores de mineração. 

Como esperado, o crescimento da WEG desacelerou na comparação com os últimos trimestres, mas ainda foi capaz de sustentar um crescimento de dois dígitos com margens e retornos, o que novamente demonstra seu desempenho operacional superior.

Apesar de crescimento anual mais fraco já projetado, Marquiori e Recchia declararam estar construtivos sobre o investimento, respaldado em sua capacidade de continuar a crescer independentemente do cenário macroeconômico, mas ressaltam que a avaliação (25x P/E24) atualmente desponta como uma pechincha.

Levante

Para a Levante Investimentos, a empresa ostentou performances robustas, com margens operacionais estáveis, apesar da tênue desaceleração nas vendas.

Os analistas Flávio Conde e Enrico Cozzolino salientaram  a proeminência dos equipamentos de ciclo longo destinados aos segmentos de óleo e
gás, mineração e papel e celulose.

Em contrapartida, as vendas para o mercado externo experimentaram uma desaceleração.

A organização contabilizou um faturamento de R$ 2.488,3 milhões, um aumento de 7,30% ano a ano e uma redução de 2,10% trimestre a trimestre.

As vendas foram incentivadas por equipamentos de ciclo curto, como motores elétricos de baixa tensão e produtos seriados de automação, com ênfase na América do Norte.

As vendas de equipamentos de ciclo longo também mantiveram-se aquecidas, e destacam-se os motores de alta tensão, especialmente para projetos de óleo e gás e mineração.

A companhia apresentou um bom resultado de EEI no mercado doméstico, se considerada a exportação de máquinas aquecida no país, declararam Conde e Cozzolino. 

No entanto, no mercado internacional, analistas notaram uma desaceleração da venda de motores, à medida que a cadeia de suprimentos de seus concorrentes se normaliza.

Por outro lado, a companhia conseguiu equilibrar essa desaceleração com a captura de market share no segmento de transformadores dos Estados Unidos – os investimentos que a companhia tem feito nas fábricas do país e no México têm se mostrado bastante produtivos, na avaliação da Levante Investimentos.

Já as vendas domésticas de energia continuam pressionadas por conta da retração da venda de placas solares. Analistas entendem que, a partir dos próximos trimestres, deve acontecer uma retomada gradual desse mercado.

Por conta do mix favorável, com menos placas solares e avanços das vendas de TeD no exterior, além de medidas de aumento de eficiências e corte de custos, a companhia apresentou margens muito fortes, mesmo com a alta dos preços de aço no primeiro trimestre.

A Levante Investimentos reiterou sua visão positiva para a Weg.

Santander

O Santander destacou que o lucro líquido da WEG veio 8% acima do que havia projetado e 6% superior ao consenso de mercado. Os analistas Gabriel Tinem, Lucas Barbosa e Lucas Esteves ressaltaram, em relatório, que a empresa anunciou um acúmulo da sólida carteira de pedidos para os próximos
trimestres.

Além disso, no Brasil, a receita cresceu cerca de 2% no trimestre, devido à melhora na indústria local, na atividade em equipamentos de ciclo curto e longo, apoiada por mineração, papel e celulose, petróleo e gás, e os setores de serviços públicos.

Contudo, o Santander reiterou sua recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 43,00.