Nova estatal

Criada para privatizar a Eletrobras (ELET3), ENBPar entra em operação

Empresa vai assumir a gestão de empresas como Eletronuclear e Itaipu e de políticas públicas

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A nova estatal criada pelo governo para permitir a privatização da Eletrobras foi ativada nesta terça-feira (4).

A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBPar), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), tem sede em Brasília, e vai assumir a gestão de empresas como a Itaipu Binacional e Eletronuclear, além de tocar políticas públicas, como prevê o Decreto 10.791, de 10 de setembro de 2021.

As políticas públicas que ficarão a cargo da ENBPar são a universalização de energia elétrica (Luz Para Todos), Mais Luz para a Amazônia, contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfra) e ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).

A empresa também será responsável por bens da União sob administração da Eletrobras (BUSA) e contratos do Fundo Reserva Global de Reversão (RGR), assinados antes de 17 de novembro de 2016, que estavam sob a administração da Eletrobras (reversão, encampação, expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica).

Segundo o CEO da ENBPar, Ney Zanella dos Santos, a estatal trabalhará apenas com energia limpa.

“Só vamos comercializar energia das fontes hídrica e nuclear, sem emissão de carbono. E vamos iniciar as atividades de estruturação da empresa com uma estrutura enxuta. O objetivo é que a privatização da Eletrobras ocorra sem gerar gastos adicionais no orçamento fiscal e sem que haja interrupções nas atividades que, por lei, não podem ser privatizadas”, disse.

A lei 14.182/2021, que dispõe sobre a desestatização da Eletrobras, autorizou a União a criar a empresa pública, que não será dependente do Tesouro.

“As principais fontes de receita da empresa serão as geradoras Itaipu e Eletronuclear”, acrescentou o CEO.