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Operações Estruturadas: o que são e como investir?

Estratégia permite a combinação de dois ou mais ativos em negociação no mercado, mas requer amplo conhecimento e tolerância a riscos devido à forte volatilidade

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Quando você ouve falar em renda variável, você pensa primeiramente em ações, certo? Não faz mal, afinal essa tem sido a modalidade mais popular nesse mercado e impulsiona fortemente o crescente número de investidores Pessoa Física (PF) na B3 (B3SA3), a bolsa brasileira. 

Em janeiro de 2022, a B3 atingiu a marca de 5 milhões de pessoas físicas com contas abertas em corretoras no Brasil –  1,2 milhão de contas de mulheres e 3,8 milhões, de homens. 

Já o número de CPFs únicos foi de 4,2 milhões, uma vez que uma mesma pessoa pode ter conta em mais de uma corretora. Destes, 3,1 milhões de CPFs cadastrados mantinham investimentos em ações no período.

Esse número reforça como o mercado de capitais avança para ser parte do cotidiano dos brasileiros e todo esse ecossistema se beneficia de novas maneiras de investir e rentabilizar ainda melhor as aplicações. Dentre as opções que tanto chamam a atenção, estão as Operações Estruturadas.

O que são operações estruturadas?

As operações estruturadas são aquelas que envolvem a combinação de dois ou mais ativos para negociação no mercado. 

Ou seja, trata-se de uma mistura de diferentes ativos, que pode incluir títulos de renda fixa,  ações e outros papéis de renda variável, como derivativos, por exemplo.

A rentabilidade dessas operações, por sua vez, podem estar atreladas a diferentes fatores, como o desempenho do Ibovespa e índices da economia,, como inflação, taxas de juros básicos, valor de commodities, variação de câmbio e até mesmo de bolsas internacionais..

Em geral, são operações utilizadas em estratégias que podem ter diferentes objetivos, como alavancagem financeira, remuneração ou proteção da carteira e operações de capital protegido.

Todas elas são negociadas no mercado de Opções, num ambiente em que ativos com valor fixo são movimentados. Futuramente, o investidor pode comprá-los (call) ou vendê-los (put). 

A escolha dos ativos e a alocação de capital acontece via home broker. Com isso, paga-se um prêmio tanto no ato de compra quanto na venda de uma opção.

“Essas operações enchem os olhos de muitos investidores por permitirem ganhos ilimitados em curto período de tempo. Entretanto, você deve analisar a sua tolerância aos riscos que cada ativo oferece e definir bem a sua estratégia com o que seleciona em sua carteira, porque, com a alta volatilidade dessa modalidade, os prejuízos também podem ser grandes”, ressalta Fabio Murad, planejador financeiro e co-CEO da SpaceMoney.

Investir em operações estruturadas se trata de um desafio complexo e nele você precisa estar bem assessorado, com profissionais que têm amplo conhecimento do mercado financeiro. Analistas qualificados poderão indicar qual tipo de operação estruturada pode ser a mais adequada para você.

A Ipê Investimentos conta com profissionais experientes no mercado financeiro, que podem te ajudar a criar uma carteira de renda variável com as melhores estratégias. Clique aqui para falar com um assessor via WhatsApp agora mesmo!

Conheça os tipos de operações estruturadas

Operações de travas:

De alta – Nesse tipo de operação estruturada, o investidor adquire uma opção de compra (call), com determinado preço de exercício e vende a mesma opção com preço superior. Essa estratégia visa assegurar que, no futuro, o valor do ativo seja maior do que o apurado no ato de compra.

De baixa – Já com a trava de baixa ocorre o contrário. Nela, o investidor vende uma “call”, com preço de exercício inferior e compra a mesma “call” com preço superior. Essa estratégia estima que, ao fim do prazo determinado, o valor do ativo esteja desvalorizado em relação ao apurado no ato de compra.

Borboleta – Nesse tipo de operação, o investidor põe fé na estabilidade. Ou seja, ele não espera que a cotação do ativo sofra grandes oscilações. Então, ao adotar a estratégia, ele investe em uma determinada faixa de preço e quanto mais estável o ativo se mantiver em torno do valor estimado, melhor.
 
Se o preço for maior ou menor do que o indicado em faixa pelo investidor, ele perde.

Rolagem – A rolagem ocorre quando o investidor acredita na estratégia adotada e quer se manter nela. Por isso, ele segura a posição até o vencimento seguinte ou leva a mesma operação para um valor de exercício diferente. Assim, ele realiza ajustes para se adequar melhor ao mercado.

Lançamento coberto de opções – Essa operação, também conhecida como financiamento, consiste na compra de uma determinada ação no mercado à vista, ao mesmo tempo que se realiza a venda de opção de compra “call” da mesma. Assim, o comprador se torna o titular e o lançador da opção simultaneamente.

Por isso, ele ganha a possibilidade de exercer o direito a vender a ação a um preço já determinado em uma data futura.

Caso o prazo de vencimento se esgote, ele pode comercializar o ativo devido ao financiamento realizado. Se a opção não for exercida, ele pode ter o valor recebido como prêmio e a ação em sua carteira, com um preço médio menor que o do mercado.

COE – Há ainda o Certificado de Operações Estruturadas (COE), um título de dívida emitido por instituições financeiras. Esse documento abrange ativos das rendas fixa e variável e pode ter até mesmo ações estrangeiras.

O COE possui um prazo fixo, ou seja, a liquidez tende a ser baixa e você também não pode vendê-lo antes do prazo de vencimento.

Quero investir em operações estruturadas. O que devo fazer?

No mercado de renda variável, você deve estar atento aos custos envolvidos nas operações de corretagem. Além disso, há também a questão da tributação.

Entre operações comuns, como ordens de compra e vendas do mesmo papel e quantidade, executadas em dias separados, a alíquota varia mediante o valor envolvido. Se inferiores a R$ 20 mil, o investidor fica isento de tributação. Se superiores a R$ 20 mil, cobra-se uma taxa de 15%.

Já em operações de Day Trade, com ordens de compra e venda executadas no mesmo dia, com os mesmos papéis e quantidades, a alíquota chega a 20%.

“Para quem é iniciante, pode valer a pena investir em um fundo de ações, uma vez que contam com gestores experientes em negociações na bolsa”, aconselha Murad.

Agora que você conhece como funcionam, avalie os riscos da operação e conte com os assessores da Ipê Investimentos para criar a sua carteira de renda variável.