Relatório

Escassez de mão de obra e aumento salarial podem impulsionar inflação persistente nos EUA, diz Fed

O chair do Fed, Jerome Powell, discutirá o relatório em audiências no Congresso dos EUA na próxima semana

- Jerome Powell, presidente do Federal Reserve
- Jerome Powell, presidente do Federal Reserve

Nesta sexta-feira, o Federal Reserve (Fed) alertou que a inflação no país pode persistir mais do que o esperado se a escassez de mão de obra e os aumentos salariais continuarem, deixando de lado sua afirmação anterior de inflação "transitória".

Em seu último relatório monetário ao Congresso, feito duas vezes por ano, o Fed disse que os aumentos de preços foram generalizados desde o ano passado e que os fatores por trás disso não estão mais limitados a questões da cadeia de oferta que podem ser rápida e facilmente resolvidas.

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A escassez de mão de obra e o aumento associado nos salários também influenciam, e se isso não diminuir a inflação pode ser mais persistente.

Apesar de dizer que parte da pressão sobre os preços de bens ainda pode diminuir nos próximos meses conforme a distribuição de oferta melhorar, “se a escassez de mão de obra continuar e os salários subirem mais rápido que a produtividade de maneira ampla, as pressões inflacionárias podem persistir e continuar a se ampliar”, apontou o relatório do banco central norte-americano.

O chair do Fed, Jerome Powell, discutirá o relatório em audiências no Congresso dos EUA na próxima semana, quando deve ser questionado sobre a inflação.

Recentemente, o governo americano anunciou que irá disponibilizar 20 mil vistos adicionais do tipo HB2, destinados a trabalhadores temporários. O movimento visa recuperar a mão de obra qualificada no país.

*Com informações da Reuters