Investing.com – As ADRs da Shell (NYSE:SHEL) (SA:RDSA34) eram negociadas com alta de 3,79% às 16h27 (horário de Brasília) de segunda-feira, cotadas a U$ 51,28, após as falas dos EUA pressionando pela proibição do petróleo russo abalaram os mercados.
O governo Biden está considerando proibir a importação de petróleo russo para os EUA sem a participação dos aliados na Europa, pelo menos inicialmente, publicou a Bloomberg. Os preços do petróleo dispararam para seu valor mais alto em 14 anos.
A Rússia é o terceiro maior produtor mundial de petróleo, atrás dos EUA e da Arábia Saudita. O membro da OPEP+ exportou 7,8 milhões de barris por dia em petróleo bruto, condensado e derivados do petróleo em dezembro do ano passado, de acordo com a Agência Internacional de Energia, fornecendo combustíveis críticos como diesel, óleo combustível, gasóleo de vácuo e um insumo petroquímico conhecido como nafta para compradores em toda a Europa, nos EUA e na Ásia.
O mercado invertido do Brent, uma estrutura de mercado onde os barris com disponibilidade imediata estão mais caros que aqueles disponíveis em datas posteriores, subiu para US$ 5,17 por barril, sublinhando a crescente ansiedade em relação à oferta a curto prazo, de acordo com a Bloomberg.
A Shell foi alvo de intensas críticas na semana passada por comprar uma carga do principal petróleo da Rússia com desconto recorde, após dizer que iria limitar suas atividades com o país, incluindo desinvestimento na Gazprom (MCX:GAZP),empresa estatal russa de energia.
Ao defender sua ação, a Shell citou preocupações com distúrbios no mercado e a segurança de fornecimento para "a difícil decisão". Ela se comprometeu em aplicar os lucros de todo o petróleo russo que comprar num fundo que destinado para ajuda humanitária na Ucrânia.