
Por Alana Gandra, da Agência Brasil – O cenário externo de conflito entre Rússia e Ucrânia e de possível volatilidade e desvalorização das ações da Eletrobras e das empresas do grupo não devem afastar os investidores nem afetar o processo de privatização da empresa do setor elétrico, disse nesta terça-feira (22) o presidente da estatal, Rodrigo Limp.
Segundo ele, o cronograma está mantido e prevê concluir o processo de privatização em 13 de maio.
“A Eletrobras é um ativo de longo prazo. A gente trabalha com a expectativa de que haja interesse grande na capitalização da empresa”, afirmou.
Para a desestatização da empresa, existem etapas internas e externas a serem cumpridas. Entre as fases internas, Limp citou a preparação e publicação da oferta, tratativas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e realização de roadshow financeiro (reuniões com potenciais investidores). Externamente, ele citou a aprovação do trâmite pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Ao comentar o risco de concentração de mercado na área de geração de energia, com a passagem da participação de 30% das mãos do Estado para a iniciativa privada, Limp argumentou que a Eletrobras vai deixar de ser controladora de Itaipu e de Eletronuclear, o que já diminui o percentual de geração.
Ele também lembrou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem a função de impedir essa concentração de mercado.
”A regulação está aí para impedir qualquer efeito de concentração de mercado no setor elétrico. Hoje não temos essa visão”. E completou: “Confiamos na regulação do setor para garantir o bom funcionamento do mercado”.