As ações do Magazine Luiza (MGLU3) acumulam uma valorização de 8,56% nos últimos trinta dias. O número aponta uma recuperação mediante o desempenho negativo de 52,23% dos papéis nos últimos seis meses. Mas esse movimento de alta deve continuar?
Nos últimos dias, os papéis de Magazine Luiza foram beneficiados por uma série de eventos isolados.
Na terça-feira (29), a principal influência sobre a alta das ações foi a queda dos contratos de juros futuros, um dia após o presidente do Banco Central, Campos Neto, declarar que o ciclo de alta da Selic se aproxima do fim.
No dia anterior, a empresa havia anunciado o lançamento do aplicativo Compra Junto. Nele, são divulgadas ofertas que os consumidores poderão compartilhar com rede de contatos para formar grupos de compradores e aproveitar os descontos.
Esses dois fatos sucederam a divulgação do balanço do quarto trimestre da companhia.
Mesmo após resultados frustrantes em relação ao seu quatro trimestre, o Magazine Luiza (MGLU3) viu ser reitrada sua recomendação de compra pelo BTG (BPAC11).
O preço-alvo estipulado pelos analistas do banco de investimentos foi de R$ 16,00.
Para o BTG, além dos resultados fracos, a ação deve continuar sob pressão ao longo dos próximos meses, em razão do cenário macroeconômico desafiador (inflação e juros).
Além disso, a desaceleração do e-commerce local, principalmente para eletrônicos e players 1P; concorrência de players nacionais e internacionais (mais descontos, subsídios e CAC crescente); e preocupações com a sustentabilidade das margens para players de e-commerce, dada a perspectiva competitiva à frente são alguns dos fatores que pesaram sobre os papéis de Magazine Luiza (MGLU3).
Já a XP se mantém neutra em relação a companhia. Analistas não cortaram o preço-alvo para a empresa e projetam a ação negociada a R$ 12,00 ao fim de 2022.