
Por volta das 11:47 desta quinta-feira (7), as ações de Desktop (DESK3) caíam 4,97%, ao preço de R$ 15,49 cada.
O BTG Pactual (BPAC11) publicou um relatório de análise sobre o desempenho da empresa, reiterou recomendação de compra, mas cortou o preço-alvo em R$ 13,00, de R$ 45,00 para R$ 32,00.
Analistas dizem que a revisão reflete um custo de capital mais alto e margens e premissas de crescimento mais conservadoras e afirmam continuar otimistas com as ações.
Eles pontuam que a empresa cresce mais que o esperado, por meio de fusões e aquisições (M&As), e que rapidamente fez compras estratégicas que consolidaram seu status de ISP nº 1 em São Paulo.
Em 2025, o BTG estima que a Desktop vai ter 8,0 milhões HPs (de 2,9 milhões) e 1,7 milhão de clientes conectados (vs. 612k). Eles projetam que em 2022-25, a expansão da fibra vai consumir R$ 2,1 bilhões em caixa.
O BTG acredita que a empresa pode financiá-la via dívida — e projeta que a alavancagem da empresa atinja um pico de 2,4x dívida líquida/EBITDA em 2022, mesmo com R$ 900 milhões extras assumidos em M&A.
Em 6,2x 22E EV/EBITDA, as ações são negociadas com um grande desconto para ISPs globais (aproximadamente 15x). Até negocia em um desconto para telecomunicações globais integradas (6,6x EV/EBITDA 22E), que não crescem.
Comparado a outros ISPs locais, o Desktop (DESK3) negocia com desconto para Brisanet (BRIT3) (6,5x) e a um premium para Unifique (FIQE3) (5,5x).