Investir em obras de arte está cada vez mais acessível a uma parcela maior da população. A Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da América Latina, acaba de dar início a uma operação com uma obra da dama do abstracionismo brasileiro, Tomie Ohtake.
Feita em tinta acrílica sobre tela, a obra da década de 60 está registrada no Instituto Tomie Ohtake.
O diferencial em relação às operações anteriores – Abraham Palatnik, Di Cavalcanti e Luiz Sacilotto – é que o aporte mínimo foi reduzido de R$ 10 mil para R$ 2 mil. A rentabilidade prevista é de 18,95% ao ano com prazo entre 12 e 24 meses.
“Temos o propósito ainda maior de universalizar o acesso a esta classe de ativos. Por esta razão, decidimos baixar ainda mais o tíquete de entrada porque assim mais gente terá acesso a investimento em obras de arte”, explica Arthur Farache, CEO da Hurst.
Tomie Ohtake é uma das artistas mais bem-sucedidas da segunda metade do século 20. Começou a trabalhar como artista aos 39 anos de idade, mergulhando na abstração. Seis anos depois, já realizava sua primeira exposição individual no MASP.
Ao falecer, aos 102 anos, a artista havia acumulado um extenso currículo de sucesso, com participação em mais de 500 exposições, 20 bienais internacionais e obras em mais de 25 instituições ao redor do mundo.
Apesar do currículo rico em instituições e exposições internacionais, um importante passo para a internacionalização da artista foi dado recentemente: a Galeria Nara Roesler, prestigiada galeria brasileira, inaugurou em 2021 sua nova sede na cidade de Nova York, dando início ao processo de consolidação da Tomie no mercado internacional.
À época foi realizada uma exposição individual da artista, que resultou em aquisições por parte de importantes museus internacionais. Além do histórico de valorização das obras, essas aquisições destacam a relevância da artista em nível mundial.
Esta é a quarta operação com obras de arte realizada pela Hurst. Até o momento foram originados cerca de R$ 4 milhões em ativos e os tokens emitidos já estão sendo transacionados no mercado secundário.
“Para os investidores que precisam de liquidez antes da venda das obras, existe uma plataforma de compra e venda de tokens que tem alcançado bom volume de transações”, afirma Augusto Salgado, diretor de obras de arte da Hurst.
“Optamos pela estratégia de lançar operações menores à medida que as oportunidades vão surgindo. Dessa forma, conseguimos agilidade para dar liquidez aos colecionadores e acelerar o lançamento de novos produtos na plataforma”, conta Salgado.
A fintech pretende lançar novas oportunidades com obras de artistas “blue-chip” nos próximos meses. Além disso, está sendo estruturada uma operação inédita, focada em artistas emergentes, “small-caps”.