Crédito

BNDES torna permanente programa de crédito com foco em micro e pequenas empresas

Produto de crédito foi criado no primeiro ano de pandemia, visando o fortalecimento de cadeias produtivas nacionais

- Divulgação
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Nesta quarta-feira (4), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que decidiu tornar permanente o produto de crédito criado no primeiro ano de pandemia, visando o fortalecimento de cadeias produtivas nacionais.

Seguno o BNDES, o objetivo do Crédito Cadeias Produtivas é permitir que fornecedores tenham acesso a recursos com taxas menores por meio de empresas maiores (âncoras).

As cadeias produtivas são formadas por uma complexa rede de interações entre diversas empresas de diferentes portes, tendo, em geral, as maiores companhias como centro deste relacionamento. Estas grandes empresas destacam-se pelo papel de coordenação sistêmica, de onde decorre o conceito de âncoras.

Assim como cada pequena empresa depende da sua relação com o centro da cadeia, a âncora depende de uma rede saudável e funcional – tendo interesse que seus principais fornecedores ou distribuidores (empresas ancoradas) tenham acesso a crédito, de forma a prover melhores produtos e serviços

Desta forma, a empresa âncora contrata o crédito direto com o BNDES e atua como ponte de recursos para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) de sua cadeia (ancoradas), porém sem auferir lucros ou se remunerar pelo risco, o que lhes confere acesso a um crédito com taxa de juros mais atrativa.

“Além da expansão do acesso ao crédito, essa forma de atuação possui outros benefícios para todas as partes: as MPMEs se beneficiam do custo financeiro baseado no risco da operação com a grande empresa; a âncora fortalece o relacionamento com seus fornecedores/distribuidores; e o País é beneficiado com uma cadeia produtiva mais competitiva”, explicou Bruno Aranha, Diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES.

O custo financeiro pode ser referenciado em TLP ou Selic, somando-se a este a taxa de remuneração básica de 1,1% a.a. e o spread de risco a ser definido de acordo com o rating da âncora e das garantias oferecidas.  

Já o prazo total pode ser de até 60 meses, incluindo até 24 meses de carência. O cliente tem até dois anos para utilização dos recursos, não podendo ter empresas do próprio grupo entre as ancoradas. O valor mínimo do contrato com o BNDES é de R$ 20 milhões, não havendo limite inferior para cada desembolso da âncora para as suas ancoradas.