No primeiro trimestre do ano, a Natura (NTCO3) reportou prejuízo líquido de R$ 643,1 milhões, um salto de 314,4% em relação a igual período do ano passado. O Ebitda ajustado caiu 38,1% no 1T22, totalizando R$ 595,9 milhões, e a receita líquida somou R$ 8,253 bilhões entre janeiro e março deste ano, um recuo de 12,7% na comparação com igual etapa de 2021.
O Goldman Sachs avaliou como fracos os números da companhia, mas ressaltou que, como a empresa já havia divulgado resultados preliminares no início de abril, esse desempenho do trimestre já está precificado pelo mercado.
Uma notícia negativa incremental, no entanto, foi que a Natura adiou seu guidance futuro para receitas (R$ 47 bilhões-49 bilhões) e alavancagem (dívida líquida/Ebitda < 1,0X) de 2023 para 2024.
Outro ponto destacado foi que a receita da Natura&Co Latam (59% da receita bruta do 1T22) caiu 2%, parcialmente devido a uma forte base de comparação.
"Nós fazemos uma observação, no entanto, que o baixo desempenho foi impulsionado exclusivamente pela Avon (ambos Brasil e Latam), com a Natura no Brasil se recuperando do fraco desempenho do último trimestre e desempenho superior contínuo na América Latina", pontuou do Goldman Sachs.
O desempenho ainda fraco da Avon continua refletindo, principalmente, a implementação do novo modelo comercial, bem como um cenário de demanda que também impactou o mercado em geral.
Assim, o Goldman Sachs tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 26. As ações da empresa iniciaram o pregão desta sexta caindo 3,26%, cotadas a R$ 16,60.