O número de fusões e aquisições, no primeiro trimestre deste ano, aumentou quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2022, foram 553 contra 375 negociadas em 2021. Em todo o ano passado, foram realizadas 1.963 operações. É isso o que aponta uma pesquisa realizada, trimestralmente, pela KPMG com 43 setores da economia brasileira.
Tipo
Com relação ao tipo de transações, do total realizado este ano (553), a maioria envolveu empresas domésticas (384), representando cerca de 69%do total de transações e com crescimento de 57%.
Os outros formatos de transação foram CB1 (empresa estrangeira adquirindo capital de empresa no Brasil) com 147 com crescimento de 27%, CB4 (empresa estrangeira adquirindo, de estrangeiros, empresa estabelecida no Brasil) com 15 e CB2 (brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior) com 7.
“A pesquisa mostra que os processos de fusões e aquisições de empresas brasileiras continua bastante aquecido tanto para transações domésticas como para transações de empresas estrangeiras fazendo aquisições no Brasil. Esses números são bastante animadores para o ano apesar dos desafios que ainda se apresentam no contexto econômico local e internacional ”, analisa o sócio da KPMG, Luis Motta.
Empresas de internet lideram ranking
Já sobre os setores que mais fizeram transações, empresas de internet continuam liderando com 242, seguidas por tecnologia da informação (83) e prestadoras de serviços (35). Os outros segmentos que se destacaram foram Instituições Financeiras (26), telecomunicação e mídia (20), educação (19), hospitais e clínicas (16), seguros (13) e transporte (12).
“A representatividade dos segmentos voltados para transformação digital (empresas de Internet) e tecnologia da informação no total de transações foi de quase 60%, mantendo a tendência crescente dos vetores de tecnologia e inovação no contexto de fusões e aquisições de empresas brasileiras”, finaliza.