Finanças em família

Entenda como calcular a "inflação pessoal"

A " inflação pessoal" é sentida de forma diferente entre as famílias porque está relacionada ao número de pessoas que moram na mesma casa, aos seus hábitos de consumo e à região em que residem

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O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou maio em 0,47%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 1,06. Em maio do ano passado, a variação havia sido de 0,83%. Em 2022, o IPCA acumula alta de 4,78% e, nos últimos 12 meses, de 11,73%.

Nos últimos dias, o mercado financeiro elevou de 7,89%, no final do mês de abril, para 8,89% a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, neste ano, segundo o Relatório Focus do Banco Central. 

A inflação que sentimos no bolso é diferente da inflação oficial do país. A “ inflação pessoal” é sentida de forma diferente entre as famílias porque está relacionada ao número de pessoas que moram na mesma casa, aos seus hábitos de consumo e à região em que residem, por exemplo. Já por outro lado, a inflação do governo é uma média que se aplica ao país inteiro.

É por isso que a inflação tem um peso diferente no dia a dia de cada um. A inflação pode ser percebida através dos reajustes anuais nas mensalidades escolares, nos produtos mais caros no supermercado e no aumento nas contas de consumo, como água e luz, dentre outras.

Como calcular a inflação pessoal? Assim como acontece com o cálculo do IPCA, podemos mensurar a inflação pessoal através da comparação do aumento dos nossos gastos de um período para outro, podendo ser usado àquele que mais se adeque à necessidade (mensal, semestral, anual, dentre outros). 

Veja no exemplo a seguir como a inflação pessoal pode ser percebida por uma família:

Despesas por Grupo

PRIMEIRO SEMESTRE

Valor 2021

PRIMEIRO SEMESTRE

Valor 2022

86.760,00

95.280

Alimentação e bebidas

24.000

26.400

Habitação

36.000

36.600

Artigos de residência

2.400

3.000

Vestuário

960

1.440

Transporte

12.000

13.800

Saúde e cuidados pessoais

4.800

6.000

Despesas pessoais

3.600

4.200

Educação

1.800

2.400

Comunicação

1.200

1.440

Nesse caso, percebemos que a inflação pessoal ficou em 9,8% – o que, apesar de alta, é menos do que os 11,73% aa de IPCA oficial nos últimos 12 meses. Infelizmente, não raro temos visto esse cenário invertido, onde a inflação pessoal supera a inflação oficial. 

A melhor dica para manter a inflação pessoal em níveis reduzidos é entender (e aceitar) que os gastos somente devem aumentar se a receita total acompanhar esse aumento, e ser ainda mais criterioso na hora de comprar e contratar serviços. Negociações de contratos podem ser solicitadas mesmo com o pagamento das parcelas em dia.

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