Nesta quarta-feira (19), o Morgan Stanley publicou um relatório com revisão de estimativas para a Cemig (CMIG4) após encontros com o CFO e o head de Relações com Investidores da companhia.
Em material, analistas destacam que a empresa melhorou o desempenho operacional por meio de iniciativas de redução de custos, o que permitiu que a empresa opere principalmente em linha com o EBITDA regulatório, além de ter reduzido a alavancagem por meio da venda de ativos.
O documento destaca que as iniciativas de recuperação da empresa concentram-se principalmente em benefícios pós-emprego, como mudanças na previdência, regime de fundos e planos de saúde.
Sobre o crescimento, a empresa mencionou ao banco oportunidades orgânicas na concessão de distribuição e geração renovável de energia (geração distribuída e projetos em escala de utilidade).
A alta cúpula da Cemig destacou o valor do negócio de comercialização da energia, sustentado por sua capacidade de geração e contratos atrativos que a companhia tem garantido nos últimos anos.
Enquanto as ações são negociadas relativamente próximas à meta de preço que o Morgan Stanley estipulou, analistas acreditam que o impulso nos próximos meses pode ser positivo para a companhia, potencialmente apoiada por:
i) resultado da eleição do governo estadual; portanto, retomada das negociações de privatização; e
ii) as iniciativas de gestão pós- passivos de emprego, que poderiam ter uma criação de valor significativa para a companhia.
O Morgan Stanley se declara mais cauteloso, no entanto, quanto ao potencial de criação de valor do projetos de energia renovável em escala de utilidade.
Por isso, o banco permanece overweight, com preço-alvo de R$ 10,00, embora ainda prefira nomes privados com TIRs (taxas interna de rentabilidade) implícitas mais altas, como Equatorial (EQTL3), Energisa (ENGI11) e CPFL (CPFE3).