Superando estimativas

Johnson & Johnson (JNJB34) supera estimativas no 2T; analistas não veem surpresas no balanço

gigante farmacêutica apurou um LPA ajustado de US$ 2,59 no 2º tri, ante US$ 2,48 há um ano, superando as estimativas

- Foto: Kindel Media/ Pexels
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Por Senad Karaahmetovic, da Investing.com – As ações da Johnson & Johnson (BVMF:JNJB34) (NYSE:JNJ) subiam mais de 1% antes da abertura do mercado, depois que suas vendas de vacinas contra o coronavírus superaram as estimativas dos analistas.

A gigante farmacêutica apurou um LPA ajustado de US$ 2,59 no 2º tri, ante US$ 2,48 há um ano, superando as estimativas de US$ 2,55. As vendas totalizaram US$ 24,02 bilhões, uma alta de 3% a/a e acima de US$ 23,96 bilhões no mesmo trimestre do ano passado.

A receita com as vendas de vacinas contra a Covid-19 atingiram US$ 544 milhões, mais do que o dobro da projeção consensual de US$ 222,9 milhões. As vendas farmacêuticas totalizaram US$ 13,32 bilhões no período, uma alta de 6,7% a/a e acima do consenso dos analistas de US$ 13,06 bilhões.

Para todo o ano, a J&J disse esperar um LPA ajustado na faixa de US$ 10 a 10,10, uma queda em relação à faixa anterior de US$ 10,15 a 10,35, enquanto os analistas previam US$ 10,25.

A empresa estima vendas de US$ 93,3 a 94,3 bilhões no ano fiscal, uma queda em relação a US$ 94,8 a 95,8 bilhões, enquanto os analistas estimavam US$ 96,5 bilhões.

A J&J disse que o dólar mais forte afetou sua projeção de LPA ajustado, embora a companhia tenha reiterado a visão para o ano fiscal em pontos médios para vendas operacionais ajustadas (US$ 97,3 a 98,3 bilhões) e LPA operacional ajustado (US$ 10,65 a 10,75)

O analista do Morgan Stanley (NYSE:MS), Terence Flynn, ressaltou o bom desempenho no 2º tri e rebaixou a perspectiva devido aos efeitos cambiais.

“Os atuais obstáculos cambiais eram amplamente aguardados, mas esperamos um foco na trajetória da recuperação em Medtech. Com isso, esperamos uma reação relativamente tímida das ações nesta manhã”, contou Flynn aos clientes em nota.

O analista do Goldman Sachs (NYSE:GS), Chris Shibutani, disse que os efeitos cambiais foram “significativos”, ao mesmo tempo em que os resultados refletiram “fundamentos mistos”.