Às 14:38 desta sexta-feira (5), as ações da Tenda (TEND3) disparavam 25,78%, ao preço de R$ 5,66 cada. O movimento sucede a divulgação do balanço do segundo trimestre da companhia, que fora negativo.
A incorporadora Tenda registrou prejuízo atribuído aos controladores de R$ 144,4 milhões no segundo trimestre, e reverteu, assim, o lucro de R$ 33,8 milhões informado um ano antes.
As despesas gerais e administrativas aumentaram (+29,3% A/A e +18,3% QoQ), impactadas por um aumento de lay-off, e as despesas com vendas atingiram 7,9% das vendas brutas (-0,7 p.p T/T), devido a menores níveis de lançamentos no trimestre.
Para a XP, como destaque positivo, a empresa registrou um preço mais alto por unidade vendida (ex. Alea) de R$ 176,6 mil (+20,0% A/A e +9,0% T/T).
Com isso, a margem bruta de novas vendas atingiu 28,8% (+5,1 p.p. vs. 1T22), impulsionada por junho, com 30,6%, em reforço ao foco da Tenda na recuperação de margens.
A receita líquida foi de R$ 627 milhões (-10,3% A/A e +7,8% T/T).
A queima de caixa operacional da Tenda caiu para R$ 26,4 milhões vs. R$ 240,6 milhões no 1T22, impactada positivamente, segundo a XP:
(i) por melhor gestão do banco de terrenos, com renegociação no fluxo de pagamentos e preferência por permutas em novas aquisições; e
(ii) prorrogação dos prazos de pagamento de fornecedores.
A XP mantém recomendação de compra para TEND3, ao preço-alvo de R$ 28,00 – o que implica em um potencial de valorização de 587,96% sobre os preços atuais.