Às 15:10 de sexta-feira (5), as ações de Ouro Fino (OFSA3) caíam 2,08%, ao preço de R$ 22,58 cada. O movimento sucede a divulgação do balanço do segundo trimestre da empresa.
No período, a companhia registrou ligeiro crescimento de 1,9% a/a na receita líquida, como resultado do reajuste de preços feito no início do ano, o que contribuiu para a manutenção da margem bruta, segundo o BB Investimentos.
No entanto, houve queda de 14,3% a/a no EBITDA ajustado e perda de 3,5 p.p. a/a de margem EBITDA ajustada, com um reflexo à persistência do cenário desafiador para o setor, com pressão de custos e queda no poder de compra levando a queda de volumes e piora no mix de vendas na comparação anual, avalia o banco.
Segundo a companhia, as perspectivas para o segundo semestre são relativamente favoráveis, diante da:
(i) expectativa de manutenção da demanda aquecida para exportações de carne bovina, bem como pelo incremento gradual do rebanho bovino brasileiro,
que podem impulsionar o segmento de animais de produção, e
(ii) dos lançamentos para o segmento de animais de companhia, que poderão incrementar volumes, mix e rentabilidade deste negócio.
Por outro lado, o BB afirma que os custos deverão seguir com pressão sobre as margens, embora não são esperadas elevações adicionais, ao mesmo tempo que vai continuar em busca de aumentar a eficiência das operações.
Com isso, os analistas incorporaram novas premissas e atualizaram os principais indicadores macroeconômicos para OFSA3 para o final de 2023, ao preço-alvo de R$ 26,00 por ação e mantém a recomendação neutra, diante do limitado potencial de valorização em relação ao preço corrente.