Em relatório, a Mirae Asset recomendou a compra das ações de Fleury (FLRY3), com preço justo de R$ 19,90 e potencial de valorização superior a 20% sobre os valores atuais (R$ 15,93 no pregão anterior, de 9 de agosto).
De acordo com analistas, a companhia registrou bons resultados.
A receita bruta reportada de R$ 1.196,4 bilhão aumentou 19% na comparação 2T22/2T21, devido a:
i) crescimento orgânico de 10%;
ii) receitas das empresas recentemente adquiridas.
As vendas cresceram em função da solidez do core business do Grupo Fleury. Mesmo se excluído o efeito dos exames da Covid-19, o crescimento foi de 24,7% na comparação 2T22/ 2T21.
O atendimento móvel, que representou 8,1% da receita total, cresceu 18,5% na comparação 2T22/ 2T21, correspondente a trinta e uma unidades da
companhia.
Houve aumento de 20,4% nos custos dos serviços prestados do 2T22, mas ocorreu diminuição de despesas operacionais de 10,5%, e isto refletiu positivamente no EBITDA, que passou de R$ 249,1 milhões (2T21) para R$ 298 milhões (2T22), aumento de 19,6%.
As despesas financeiras líquidas aumentaram de R$36,2 milhões para R$ 86,3 milhões e isto corroeu parte do lucro líquido que ficou em R$70,5 milhões, aumento de 7,6% na comparação 2T22/ 2T21.
A Mirae acredita que o resultado reportado vai refletir positivamente sobre as ações FLRY3 e destaca as boas perspectivas para os negócios do Grupo Fleury e para a indústria de diagnósticos como um todo no pós-pandemia.
Analistas ressaltam que a empresa anunciou a combinação de negócios entre o Grupo Fleury e o Grupo Pardini, cuja operação está sujeita à aprovação
do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica e objetiva criar uma das maiores empresas de diagnósticos do país, com receita combinada de R$ 6,1 bilhões e EBITDA de R$ 1,6 bilhão.
Além disso, há também a aquisição do Hospital Saha já aprovada pelo CADE, mas ainda não consolidada nos resultados.