O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre de 2022, 18% superior ao registrado no trimestre passado e 54,8% acima do apurado um ano atrás.
Para o Bradesco BBI, a Margem Financeira Bruta (NII) apresentou outra forte expansão, como os ganhos de tesouraria beneficiaram da remuneração do passivo, enquanto o teto de remuneração da caderneta de poupança beneficiou custos de financiamento no período.
Entre abril e junho, de acordo com os analistas, as despesas de provisão ficaram abaixo do esperado, devido à reavaliação das linhas de crédito originado nos últimos dois anos, enquanto o custo do risco se deteriorou apenas 10bps, em linha com as estimativas do BBI.
Além disso, as comissões apresentaram um forte desempenho, e refletiram uma melhor gestão de ativos e operações de crédito e garantia, enquanto
as despesas operacionais permaneceram amplamente sob controle.
Eles ressaltam que outras receitas e despesas apresentaram resultados muito melhores em relação ao trimestre anterior e as estimativas refletem um sólido desempenho de suas subsidiárias.
O BB revisou seu guidance para 2022E, e agora espera um lucro líquido entre R$ 27 bilhões e 30 bilhões (do intervalo anterior de R$ 23 bilhões – 26 bilhões).
Analistas do BBI dizem que os resultados do BB apresentam tendências muito fortes em todos os aspectos e destacam que a carteira defensiva do banco limitou a deterioração do NPL, enquanto o NII consolidado refletiu o passivo.
Embora menores provisões sejam resultado da reavaliação de carteiras com riscos agravados nos últimos dois anos, veem o índice de cobertura em níveis muito confortáveis.
Além disso, o aumento das expectativas para 2022E também reflete uma maior crescimento de margens e de seu portfólio, aponta o BBI.
Eles mantêm classificação outperform para BBAS3, com preço-alvo de R$ 45,00.