O Goldman Sachs manteve sua recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 18,00 em doze meses, para a Natura (NTCO3), embora o foco da administração na responsabilidade e corte de custos e algumas tendências sejam encorajadores.
Analistas acreditam que as expectativas para os resultados já foram configuradas de forma conservadora, dado o tom de gestão cauteloso adotado no início do trimestre, que resultou em receitas do segundo trimestre alinhadas e um EBITDA ajustado 5% superior ao consenso de mercado.
Eles ressaltam, porém, ter notado que a compressão da margem EBITDA (-50bp A/A) poderia ter sido ainda maior, se não fosse o nível de custos e despesas em sinergias, considerado o crescimento de vendas abaixo da inflação na maioria das marcas e regiões-chave.
De acordo com o GS, ainda no período, o novo CEO da Natura deu um tom positivo para as tendências de receita no segundo semestre, mas também espera que as margens permaneçam pressionadas no curto prazo.
A geração de fluxo de caixa, entretanto, permaneceu decepcionante e, embora a administração pareça focada em melhorar isso no curto e médio prazo, analistas estimam que a alavancagem e o fluxo de caixa continuem sendo o foco na chamada de resultados.
Eles pontuaram, por fim, que reconhecem o quanto a Natura está exposta a uma demanda desafiadora e perspectivas de margem nos principais mercados onde o posicionamento da marca e o poder de precificação podem não ser fortes o suficiente para compensar esses ventos contrários no ambiente macroeconômico.