Em relatório publicado na segunda-feira (19), o Itaú BBA afirmou esperar um trimestre sequencialmente mais fraco para a Camil (CAML3), com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 201 milhões e uma margem EBITDA de 7,3% (vs. 10,2% no primeiro trimestre).
De acordo com o Itaú BBA, isso se deve principalmente à redução dos estoques do varejo, que impactou a dinâmica de venda.
Analistas acreditam que os ventos contrários são temporários, pois o sell-in deve recuperar à medida que os varejistas normalizam os estoques, e isso não deve afetar as estimativas do banco para o ano fiscal de 2022.
Eles esperam a dinâmica temporária de sell-in, menor lucratividade no café e custo sequencial, além de um aumento em massas para levar a uma compressão de margem sequencial de 290 bps trimestre a trimestre no período.
Para o Itaú BBA, o negócio de café pode enfrentar uma lucratividade decrescente à medida que a Camil expandiu sua presença para novos pontos de venda, enquanto as massas devem apresentar custos crescentes do trigo – à frente dos preços, apesar de seu sólido impulso de preços.
Eles ressaltam que a aquisição da Mabel vai ser apenas contabilizada no resultado do FQ 3T22 da Camil, com nenhum impacto na alavancagem ou no EBITDA do 2T22.
Analistas mantêm classificação outperform, com preço-alvo de R$ 13,00 para a ação.