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Eletrobras (ELET3): XP inicia cobertura das ações. Veja se vale a pena investir!

Analistas têm recomendação de compra e preço-alvo de R$ 71,00 por papel, o que implica em +55% de potencial upside

- REUTERS/Brendan McDermid
- REUTERS/Brendan McDermid

Nesta segunda-feira (26), a XP Investimentos iniciou a cobertura das ações de Eletrobras (ELET3), com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 71,00 por papel, o que implica em +55% de potencial upside.

Para os analistas Herbert Suede, Maíra Maldonado e Marcella Ungaretti, a indicação se baseia em:

(i) no enorme potencial de crescimento derivado de iniciativas de redução de custos;

(ii) na existência de ineficiências fiscais fáceis de resolver;

(iii) na forte geração de caixa e inúmeras alternativas de investimento com retornos atrativos; e

(iv) no processo de privatização recente com mudanças substanciais em andamento que deverão impulsionar os retornos.

Eles veem a Eletrobras como um investimento atrativo com uma TIR real de 11,9%, a top pick da XP no setor.

De acordo com o material, a recente eleição de Wilson Ferreira para o cargo de CEO foi um forte sinal de que as coisas vão acontecer rapidamente. E a longa trajetória no setor e experiência recente na companhia apontam para isso, alegam os analistas.

Os níveis de PMSO são altos em qualquer métrica de comparação com os pares privados. Os créditos fiscais são superiores a R$ 40 bilhões, sem estrutura implementada para monetizá-los.

Contingências estão em níveis elevados, com os empréstimos compulsórios que ocupam o papel principal, e somam R$ 25,6 bilhões em provisões.

Este cenário parece apocalíptico, mas Suede, Maldonado e Ungaretti advertem: não se deixe enganar. “A Eletrobras é enorme e acabou de deixar de ser uma estatal. Todas as medidas para aumentar sua eficiência são atualmente objeto de debate de investidores e prioridade dentro da companhia”, disseram.

Existem vários riscos, mas não são incontroláveis.

De acordo com a XP, o risco mais proeminente seria de que a Eletrobras não consiga alocar a energia descontratada derivada da migração do regime de cotas para o regime de produto independente a preços favoráveis.

Para lidar com esse risco, esperam que a companhia desenvolva ou adquira uma comercializadora no curto prazo.

Alternativas de M&A? Várias, mas principalmente do lado da venda, dizem. Eles afirmam que a ex-estatal já surge uma gigante e, como tal, aguardam maior escrutínio do CADE.

Por fim, concluem que a Eletrobras está barata e existem vários upsides não mapeados.