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Vale (VALE3): 3º tri foi frustante, com preços e redução do custo-caixa aquém, diz Levante

Atuais múltiplos, forte geração de caixa e remuneração dos acionistas continuam como amortecedores para cotações da mineradora, dizem analistas

- Divulgação
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Para a Levante, os resultados do terceiro trimestre da Vale (VALE3) neste ano, divulgados na última quinta-feira (27), foram, em geral, frustrantes. 

Analistas citam  preços realizados e redução do custo-caixa aquém do esperado. No lado positivo, destacam a conversão de caixa, porém, essa deveu-se a uma tecnicalidade e não pode ser considerada como recorrente.

Ainda, a companhia comunicou a modificação na metodologia contábil para mensuração de sua Dívida Líquida Expandida, sem alterar o intervalo ótimo. Isso deve dar alguma liberdade adicional para remuneração dos acionistas durante os próximos resultados, diz a Levante.

A Vale divulgou na última semana seu Relatório de Produção, que tinha sido considerado positivo pelo mercado, já que, nos números apresentados, pudemos ver uma recuperação de volumes positiva, que possibilitaria a entrega do guidance de produção para o ano de 2022. Porém, a animação
deve durar pouco, diz a Levante.

Analistas citam a continuidade da postura rígida do Partido Comunista Chinês pós-eleição de Xi Jin Ping e os números apresentados na noite de ontem.

O fluxo de caixa livre das operações foi de US$ 2,164 bilhões no trimestre, levemente abaixo desta linha do segundo trimestre, apesar da maior redução no EBITDA.

A Levante diz não achar que tudo está perdido já que a companhia entregou um aumento relevante de produção no trimestre atual, o que deve possibilitar a entrega de seu guidance para o ano, e continua muito bem posicionada para ser uma das ganhadoras no processo de transição energética.

Porém, a redução mais lenta no seu custo-caixa unitário de produção no minério de ferro e um resultado aquém do esperado nos metais básicos devem manter os investidores a enxergar a história da empresa como uma maneira de se posicionar perante a China.

Eles ressaltam que os atuais múltiplos, forte geração de caixa e remuneração dos acionistas continuam como amortecedores para suas cotações, que acreditam que embutem bastante pessimismo na faixa de preços atual.

Contudo, estas ainda podem sofrer, principalmente se a China continuar a repetir a batida de 2022.

Eles mantêm preço-alvo de R$ 95,00 para doze meses e uma recomendação de compra.