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Ibovespa abre em alta de 2,3%, com Payroll, safra de balanços e transição política; dólar recua 1,8%

Confira aqui as principais notícias que influenciam os mercados financeiros em todo o mundo nesta sexta-feira (4)

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3 (B3SA3), abriu em alta de 2,29%, aos 119.574 pontos, às 10:09 nesta sexta-feira (4).

Às 10:09, o dólar registrava desvalorização de 1,78%, cotado a R$ 5,034.

Bolsas agora

Ásia (encerrados)

Nikkei 225 (Japão): -1,68%

Shanghai Composite (China): +2,43%

Europa 

DAX 30 (Alemanha): +1,88% 

FTSE 100 (Inglaterra): +1,73% 

CAC 40 (França): +2,41% 

Estados Unidos (às 10:11, os índices futuros operam em campo negativo, entre 1,02% e 1,59%)

Dow Jones: 

S&P 500: 

Nasdaq 100:

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentam os negócios no Brasil e no exterior nesta sexta-feira (4):

Brasil

Petrobras (PETR3)(PETR4) – Gleisi Hoffmann, presidente do PT, postou um tuíte no qual criticava os elevados dividendos “de R$ 50 bilhões”, que, segundo ela, apenas enriquecem os acionistas, com a afirmação de que “a Petrobras tem de servir ao povo brasileiro”.

Como acionista majoritária, com 3,74 bilhões de ações, a União vai receber R$ 12,52 bilhões e o BNDES, R$ 3,45 bilhões.

No Estadão, a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, liderada pelo senador Jean-Paul Prates (PT) – cogitado para assumir a presidência da empresa – quer contestar o pagamento ao atual governo, e garantir os recursos para o próximo ano.

A perspectiva de mudanças na Petrobras deixa o investidor na defensiva e justificou a queda das ações no day-after da eleição. Esse pode, de fato, ter sido o último megadividendo. Os resultados do quarto trimestre serão divulgados já sob o novo governo Lula.

Uma assembleia-geral ordinária (AGO) está prevista para março, quando deverão ser trocados o presidente e conselheiros. Segundo Gabriel Vasconcelos e Denise Luna, do Broadcast, isso pode ser feito até antes, por meio de uma assembleia extraordinária (AGE).

Se a política de dividendos minguar, os investimentos em exploração e produção, refino e energia renovável (biocombustíveis de última geração, eólica offshore e hidrogênio verde) devem ser turbinados por uma nova gestão.

Esperam-se, ainda, mudanças contra a política de preços dos combustíveis, já que, na campanha, Lula insistiu reiteradamente em “abrasileirar” os preços, e acabar com a paridade internacional, que considera o dólar e o petróleo.

O espaço para reduções agressivas dos combustíveis se mostra limitado, diante da dependência do diesel estrangeiro e do risco de desabastecimento em caso de a Petrobras praticar preços muito abaixo da paridade de importação.

Um dos coordenadores do programa do PT, Aloizio Mercadante já disse que o gás de cozinha desponta como a prioridade do novo governo e deve ter os preços rebaixados. Mas também já antecipou que as mudanças nos demais aspectos serão graduais.

Para a Fitch, “as mudanças são prováveis, mas não devem alterar abruptamente as leis e os regulamentos vigentes”.

(Bom Dia Mercado)

Capítulos da transição – Só para honrar o Bolsa Família de R$ 600 e os R$ 150 adicionais para crianças até seis anos, o governo Lula vai gastar R$ 70 bilhões em 2023 – uma despesa que não está no orçamento, assim como várias outras promessas de campanha.

A opção pelo waiver, ainda que seja uma licença para gastar, não deixa de ser um primeiro compromisso com o teto de gastos, à medida que a equipe de transição anunciou logo no primeiro encontro a necessidade de uma PEC para acertar as contas.

O tamanho desse waiver, que também já estava nos planos de Guedes, porque as promessas de Bolsonaro eram parecidas, vai ser conhecido na próxima terça-feira (8), quando uma nova reunião com o relator do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), está prevista.

Na quinta-feira (3), o PT fez quatro pedidos ao relator: 1) o reajuste do Auxílio Brasil; 2) recompor gastos da saúde que foram cortados; 3) recompor gastos da merenda escolar; e 4) garantir o reajuste de 1,4%, acima da inflação, do salário mínimo.

Castro respondeu à equipe de transição que os quatro itens custam pouco mais de R$ 90 bilhões.

O valor que circula de modo mais recorrente chega a R$ 160 bilhões, mas parte da cúpula petista defende mais: R$ 200 bilhões. O mercado já estava preparado para mais um estouro do teto e gostava de dizer que R$ 100 bilhões seriam absorvidos.

Na verdade, mais do que o montante, o que importa para o mercado seria a sinalização de uma política de responsabilidade fiscal que projete o controle dos gastos no governo Lula. Nesse sentido, vai ser decisivo o nome do novo ministro da Fazenda.

Isso ninguém sabe ainda. Lula deve começar a divulgar o seu ministério apenas em dezembro. Até lá, o mercado vai ter apenas indicações da equipe de transição, que registrou uma boa estreia com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), na quinta-feira (3).

Até um inesperado encontro de Alckmin com Bolsonaro aconteceu no Planalto, o que baixou a temperatura.

A partir de agora, as atenções se voltam para as negociações de Lula com os líderes políticos, em especial, com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de quem depende o apoio para a aprovação de uma PEC.

Lira deu todas as indicações de que está aberto a colaborar. Agora resta saber qual o preço desse apoio. Dizem analistas políticos que o Centrão quer manter o orçamento secreto e Arthur Lira quer continuar no comando da Câmara.

Renan Calheiros, aliado de Lula, considerou uma “barbeiragem” da equipe de transição propor a PEC que depende do Centrão, mas disse ver Lula como um negociador talentoso e sabe que precisa formar uma base sólida no Congresso Nacional conservador.

Uma estratégia seria usar o Centrão para isolar os bolsonaristas, disse Marcelo de Moraes, do Broadcast Político. Lula precisa dessa aliança tática que permita a ele paz política e prioridade para sua agenda de desenvolvimento social.

(Bom Dia Mercado)

Banco Central – Às 9:00, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, palestra no Fórum de Estratégias de Investimentos 2022, realizado pelo Bradesco Asset, com transmissão online. Campos Neto viaja para Basileia.

Movimentações de mercado

AES Brasil (AESB3), Braskem (BRKM5), Petrobras (PETR3)(PETR4) e Stone (STOC31) protagonizam o noticiário corporativo nesta sexta-feira (4).

Veja aqui as principais notícias das grandes empresas brasileiras, entre avisos aos acionistas, comunicados ao mercado, fatos relevantes e mais informações da imprensa especializada:

Balanços

Entre a noite de quinta-feira (3) e a manhã desta sexta-feira (4), empresas como Fleury (FLRY3), Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), Lojas Renner (LREN3), Multiplan (MULT3) e Petrobras (PETR3)(PETR4) informaram seus respectivos balanços referentes ao terceiro trimestre deste ano.

AES Brasil (AESB3) – A AES Brasil (AESB3) registrou lucro líquido de R$ 102,6 milhões no terceiro trimestre. Com isso, reverteu um prejuízo de R$ 103,1 milhões apurado doze meses antes.

O EBITDA foi de R$ 283,8 milhões, avanço de 207,5% em um ano.

A receita líquida da AES Brasil foi de R$ 786,6 milhões, expansão de 18,9% em relação ao período de julho a setembro de 2021.

Alpargatas (ALPA4) – A Alpargatas (ALPA4) registrou lucro líquido consolidado de R$ 44,9 milhões no terceiro trimestre.

Blau (BLAU3) – A Blau Farmacêutica (BLAU3) reportou lucro líquido de R$ 94 milhões no terceiro trimestre, 1% abaixo do informado um ano antes.

BR Properties (BRPR3) – A BR Properties (BRPR3) registrou lucro líquido de R$ 50,4 milhões no terceiro trimestre, volume 32% superior ao registrado doze meses atrás.

Copasa (CSMG3) – A Copasa (CSMG3) registrou lucro líquido de R$ 227,168 milhões no terceiro trimestre, expansão de 1287,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos totalizou R$ 1,38 bilhão e o EBITDA, R$ 515,001 milhões, alta de 117,2% em um ano.

Fleury (FLRY3) – Fleury (FLRY3) registrou lucro líquido de R$ 96,7 milhões no terceiro trimestre, valor ligeiramente superior ao informado um ano atrás em 0,03%. A receita líquida somou R$ 1,1466 bilhão, crescimento de 11,5%.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) – O GPA (PCAR3), registrou prejuízo de R$ 288 milhões no terceiro trimestre – alta de 221,7% no ano. O EBITDA somou R$ 660 milhões, recuo de 2,5% em doze meses.

JSL (JSLG3) – A JSL (JSLG3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 42,2 milhões no terceiro trimestre, cifra 38,1% abaixo do apurado um ano antes.

Lojas Renner (LREN3) – A Lojas Renner (LREN3) registrou lucro de R$ 257,9 milhões no terceiro trimestre, alta de 50% em um ano. O EBITDA ajustado soma R$ 459,5 milhões, crescimento de 5% em doze meses.

Marcopolo (POMO4) – A Marcopolo (POMO4) lucrou R$ 46,7 milhões no terceiro trimestre em termos líquidos, volume 56,4% inferior ao reportado na mesma etapa de 2021.

Multiplan (MULT3) – A Multiplan (MULT3) registrou lucro de R$ 186,1 milhões no terceiro trimestre, alta de 87,2% em doze meses. O EBITDA foi de R$ 322,6 milhões no período.

Neogrid (NGRD3) – A Neogrid (NGRD3) reportou lucro líquido de R$ 1,717 milhão no terceiro trimestre, alta de 2,7% em um ano. A receita líquida somou R$ 67,596 milhões, crescimento de 10,1% na mesma base de comparação.

Petrobras (PETR3)(PETR4) – A Petrobras (PETR3)(PETR4) registrou um lucro líquido de R$ 46,096 bilhões no terceiro trimestre, cifra 48% superior ao registrado no mesmo trimestre de 2021. 

O EBITDA foi de R$ 91,421 bilhões no período, e a receita líquida, R$ 170,076 bilhões entre julho e setembro.

Sanepar (SAPR11) – A Sanepar (SAPR11) registrou lucro líquido de R$ 274,9 milhões no terceiro trimestre, alta de 2,8% em um ano.

Tenda (TEND3) – A Tenda (TEND3) registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 210,4 milhões entre julho e setembro. O montante reverte o lucro de R$ 6,4 milhões do mesmo período do ano passado.

Tegma (TGMA3) – A Tegma (TGMA3) registrou lucro líquido de R$ 53,5 milhões no terceiro trimestre, alta de 56,4% em relação ao mesmo período de 2021.

Informe corporativo

AES Brasil (AESB3) – O conselho de administração aprovou aumento de capital de 3,221 milhões de ações ON, a R$ 9,61 por ação. A operação totaliza R$ 30,9 milhões. A proposta vai ser deliberada em assembleia-geral extraordinária (AGE) marcada para 5 de dezembro.

Braskem (BRKM5) – A Braskem (BRKM5) informou que vai apoiar a Novonor na interação com interessados em compra de participação.

Gerdau (GGBR4) – A Gerdau (GGBR4) comunicou que foi concluída a formalização da parceria estratégica entre Gerdau Next e Randon (RAPT4) para constituição de uma nova empresa atuante na prestação de serviços de locação de caminhões e semirreboques.

Conforme anunciado anteriormente, as companhias terão igual participação societária de 50% do capital social; investimento será de R$ 250 milhões, aportados pelas sócias.

Hidrovias do Brasil (HBSA3) – A Hidrovias do Brasil (HBSA3) informou que o mês de outubro de 2022 movimentou minério de ferro na região de Corumbá por meio de seu plano de “águas baixas”. (Eu Quero Investir)

JSL (JSLG3) – A companhia elevou sua estimativa de capex líquido para um intervalo entre R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão no exercício deste ano.

Executivos alegam que a expansão se deu com justificativa em projetos desenvolvidos e fechados com clientes no Brasil e na África do Sul e à expansão dos negócios das empresas adquiridas.

Light (LIGT3) – A Light (LIGT3) iniciou campanha de renegociação de dívidas de conta de luz, que prevê concessão de descontos de até 90%.

Méliuz (CASH3) – A Méliuz (CASH3) concluiu o programa de recompra, com a aquisição de 2.279.062 de ações e previamente ao seu encerramento a companhia alienou a totalidade das ações adquiridas no âmbito da operação. Não restam ações em tesouraria.

Natura (NTCO3) – BlackRock elevou participação acionária na Natura (NTCO3), de 4,96% para 5% – e passa a deter 69,2 milhões de papéis ON.

Orizon (ORVR3) – Truxt Investimentos reduziu a participação na Orizon (ORVR3) para 3.552.349 ações ordinárias, correspondentes a aproximadamente 4,97% do total de ações. Do volume total, 16.020 papéis ordinários encontram-se doados em empréstimo.

Petrobras (PETR3)(PETR4) – A Petrobras (PETR3)(PETR4) informou que o TJ-RJ revogou liminar que paralisava negociações sobre Polo Bahia Terra.

Rumo (RAIL3) – O conselho de administração aprovou início de expansão no MT. O projeto prevê construção de 211 quilômetros de ferrovia entre Rondonópolis e Campo Verde, com início de operação em 2026.

Stone (STOC31) – Thiago Piau deixou o cargo de CEO e vai para o conselho de administração. O posto vai ser ocupado por Pedro Zinner, que deixou o comando da Eneva (ENEV3) nesta semana.

Twitter (NYSE:TWTR) (TWTR34) – Com a compra da rede social pelo Elon Musk, a subsidiária brasileira do Twitter já demitiu parte de seus 150 funcionários, disse o jornal Valor.

Proventos

Petrobras (PETR3)(PETR4) – Na tarde de quinta-feira (3), a Petrobras (PETR3)(PETR4) anunciou que vai realizar o pagamento de dividendos de R$ 3,3489 por cada ação PETR3 e PETR4 – o valor performa o montante de R$ 44 bilhões.

Os créditos serão efetuados em duas parcelas iguais em 20 de dezembro deste ano e 19 de janeiro do ano que vem (R$ 1,67445). Farão jus a remuneração investidores que tiverem posição acionária nos papéis até o dia 21 de novembro.

Tegma (TGMA3) – Na noite de quinta-feira (3), a Tegma (TGMA3) informou que vai realizar a distribuição de R$ 27.034.486,52 em dividendos intercalares e em juros sobre o capital próprio (JCP).

R$ 20.440.709,32 correspondem aos dividendos intercalares, que, por ação, representa R$ 0,31. Os juros sobre o capital próprio somam R$ 6.593.777,20, equivalente a R$ 0,10 por ação.

Farão jus aos créditos os detentores dos papéis no dia 8 de novembro. O pagamento dos proventos foi programado para 21 de novembro.

Tupy (TUPY3) – A Tupy (TUPY3) cortou levemente o valor a ser pago em juros sobre o capital próprio (JCP). A cada ação vai incidir o valor de R$ 0,22486950053, contra R$ 0,22489539712 anteriores.

De acordo com a companhia, o pagamento vai ser realizado aos acionistas posicionados em base no dia 31 de outubro e os créditos serão efetuados na próxima quinta-feira, 10 de novembro.

EUA

Payroll – Às 9:30, os EUA divulgam o Payroll, relatório mensal de empregos não-agrícolas.

A economia dos EUA criou 261 mil empregos não-agrícolas em outubro, segundo informou o relatório de empregos não-agrícolas – Payroll – do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 04, acima do esperado. A previsão dos economistas era uma adição de 200 mil empregos no período. O resultado, porém, ficou abaixo dos números prévios revisados de 315 mil novos empregos.

A taxa de desemprego ficou em 3,7% da força de trabalho, acima dos 3,6% esperados e dos 3,5% do mês anterior.

Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA caiu para 62,2%, contra 62,3% anteriormente.

Já o salário médio por hora no mês passado ficou em 4,7%, igual aos 4,7% esperados pelo mercado e abaixo dos 5,0% prévios.

(Investing.com Brasil)

Europa

Zona do Euro – A inflação ao produtor na região, em setembro, vai ser divulgada.

Ásia

Japão – O PMI/S&P Global do setor de serviços subiu de 52,2 em setembro para 53,2 em outubro.

Com informações de Bom Dia Mercado, Eu Quero Investir, Investing.com Brasil e Reuters.