A Raízen (RAIZ4) reportou seus números referentes ao segundo trimestre do ano-safra 2022-2023 na noite desta quinta-feira (10).
O resultado traz como destaque positivo o segmento de açúcar, e negativo, em Marketing e Serviços, de acordo com a Levante.
A operação agrícola ainda sofre os efeitos dos problemas climáticos de 2021. A cana moída neste trimestre caiu 11,5% em relação ao mesmo período da safra anterior, e encerrou os 6 primeiros meses da safra em 59,3 milhões de toneladas (-13,4% vs. 6M22).
A produtividade também trouxe uma piora, e fez com que o Açúcar Total Recuperável (ATR) produzido diminuísse em 14,4% no acumulado da safra, assim como a produção de etanol (-12,2% a/a) e de açúcar (-17,2%). Analistas esperam que sejam moídas 74 milhões de toneladas nesta safra.
A receita do segmento de renováveis foi de R$ 7,4 bilhões no trimestre, crescimento de 8,8% contra o mesmo período do ano passado. Houve uma ótima precificação no etanol vendido, acima dos preços praticados no mercado doméstico, explicado pelo foco na venda para fins industriais (80%) e exportação, disse a Levante.
Já no segmento Marketing e Serviços, a Raízen passou a segregar as operações de distribuição de combustíveis e de proximidade no Brasil, e as operações de downstream na Argentina (refino, distribuição, lojas de conveniência e revenda de combustíveis) e distribuição de combustíveis no Paraguai.
No Brasil, o volume vendido ficou estável, enquanto o EBITDA foi de R$ 343 milhões (-43,3% a/a), com margem de R$ 47,00 por metro cúbico.
A Levante diz que essa redução no EBITDA da divisão já era esperada por conta do efeito dos estoques no trimestre após a queda nos preços dos combustíveis.
Analistas mantêm recomendação de compra para RAIZ4, com preço-alvo de R$ 11,00 em doze meses – o que implica em um potencial de valorização de 146% sobre a cotação atual.